Em conversas reservadas recentes, a possibilidade de o deputado federal e presidente estadual do PROS, João Fernando Coutinho, vir a ser o vice de Marília Arraes foi ventilada. Outra hipótese considerada, como a coluna cantou a pedra ontem, é a de o ex-deputado Maurício Rands, hoje no PROS, tornar-se um dos candidatos ao Senado da petista. Nacionalmente, o PROS vem conversando com a Rede e com o PT. Na esteira, a tese de Rands ser alçado, eventualmente, a vice de Marina Silva, como revelamos no último dia 14, também vem sendo estudada. Os diálogos no bastidor passam por Pedro Ivo, porta-voz da Rede. Em Pernambuco, um dos integrantes da direção da Rede, Roberto Leandro, também trocou ideias com João Fernando Coutinho. A prioridade da Rede é estruturar um palanque, no Estado, para Marina Silva. Apesar disso, a troca de figurinhas segue ocorrendo. Ontem, havia quem, nas coxias, ainda cogitasse que o ex-prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, pudesse vir a integrar a chapa de Marília. Os dois têm relação próxima. Ainda no último dia 3 de maio, Lóssio, à coluna, declarara o seguinte: “Seria um prazer tê-la (Marília) como companheira de chapa”. Ali, Marília chegou a marcar conversa com Roberto Leandro. Ontem, durante a eleição do diretório estadual do PROS, quando a palavra foi facultada, o nome de Marília passou a ser defendido pela militância e críticas ao governador foram ouvidas. Para o PROS, a prioridade é fazer Maurício Rands candidato a senador, ainda que o nome dele seja opção pacificada na bancada para, eventualmente, ser vice numa chapa presidencial. No caso de João Fernando, o empecilho para estar na chapa de Marília seria o compromisso com o presidente nacional, Eurípedes Júnior, de engrossar a bancada na Câmara Federal. De toda forma, o compromisso de Marília com o PROS passa por espaço na majoritária e tornou-se uma questão de tempo a sigla anunciar o apoio à petista em Pernambuco.
Palácio tem simpatia por Eriberto
A escolha do deputado estadual Eriberto Medeiros para concorrer à Presidência da Assembleia Legislativa passa pela benção do Palácio das Princesas. Interlocutores de Paulo Câmara observam que a lógica é respeitar a proporcionalidade. O PP se reúne na segunda para bater o martelo e o nome de Eriberto é dado como escolha que une os progressistas e o governo.
Quem te viu…> O deputado Álvaro Porto, em entrevista à Rádio Folha, realçou que os mesmos governistas que tripudiavam da construção da chapa de oposição, hoje, penam para administrar a formação da chapa palaciana.
…quem te vê > “Enquanto estamos ampliando e consolidando alianças, o governador Paulo Câmara enfrenta complicações que somam alta rejeição, dependência do PT e insegurança em relação a nomes e partidos, como é o caso do MDB. Se tem uma chapa incerta, não é a nossa”, alfineta.
Orobó > Foi com ato em Orobó, ontem, que o prefeito Cleber Chaparral formalizou apoio ao senador Armando Monteiro na corrida pelo Palácio das Princesas.
Transversal > Ele subirá no palanque do petebista, mas é do PSD, que integra a base de Paulo Câmara. A esposa do gestor, Juliana de Chaparral, concorre à vaga na Alepe.
Por enquanto > Na ocasião, Armando foi indagado sobre possível unidade com Marília Arraes e devolveu: “Não há ainda de se falar de união de candidaturas porque é preciso que a candidatura dela se confirme. Por enquanto, o que existe é a nossa candidatura”.
Folhape