De olho no eleitorado do ex-presidente Lula, a candidata da Rede, Marina Silva, focará sua campanha no Nordeste do país. Com poucos recursos, a candidata usará voos de carreira em sua terceira tentativa de chegar ao Planalto. Por isso, deve fazer menos viagens que nas campanhas de 2010 e 2014.
A campanha da candidata aposta na disputa dos eleitores que ficarão “órfãos” de Lula quando a Justiça o declarar inelegível -quando deverá ser substituído na cabeça de chapa pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Marina começará sua campanha na região com visitas a Ceará e Pernambuco, na semana que vem.
Em Pernambuco, além de forte reduto petista, a ex-senadora conta também com o fato de ser uma região ligada ao ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em 2014 durante a campanha.
Marina que foi alçada então de vice a cabeça de chapa, venceu no estado com 48% dos votos, batendo Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Já no Ceará a candidata ficou em terceiro lugar, com apenas 14,12% dos votos. Dilma venceu por larga margem, com 68%.
No Sudeste, Marina deverá concentrar suas viagens em São Paulo, por conta da agenda de debates e sabatinas, e em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país.
Além disso, estão previstas viagens para o Acre, terra natal da ex-senadora. No sábado (18) ela iniciará seu giro pelo país pelo Amapá, onde a Rede tem aliança com o DEM.
A equipe da candidata também aposta em uma “campanha com dois fronts”: a ideia é que o vice Eduardo Jorge (PV) não acompanhe Marina em todas as agendas. Em vez disso, querem que o ex-presidenciável passe por eventos em que a candidata não possa ir pela dificuldade de locomoção.