A eleição em Pernambuco transcorreu de forma tranquila e pacífica. A avaliação é do secretário de Defesa Social do Estado, Antonio de Pádua, a partir do registro de 86 ocorrências de crimes eleitorais pela Polícia Militar no domingo (7) que teve milhões de eleitores nas ruas. Dos 86 registros, 36 resultaram em prisões, entre termos circunstanciais de ocorrência e prisões em flagrante. “É um número de baixa proporção em relação ao número de eleitores”, afirmou.
Segundo Pádua, o resultado se deve ao grande planejamento realizado pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) que aportou grandes recursos para a Operação Eleições 2018. “Colocamos mais de 15 mil policiais nas ruas, mais de 1.800 policiais civis em todas as delegacias, em todos os municípios, além do Corpo de Bombeiros, da Polícia Científica e da Corregedoria para termos segurança nas eleições. Reforçamos o policiamento nos municípios para garantir o direito de votação de cada eleitor”, afirmou, citando também a participação da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
A Operação Eleições, iniciada na última sexta-feira pelo Centro Integrado de Comando e Controle, continua até a manhã de segunda-feira (8), a fim de garantir a segurança durante a madrugada seguinte à votação.
Dor de cabeça
As práticas de boca de urna e distribuição de santinhos em locais de votação, transporte de eleitores e propaganda irregular foram as maiores dores de cabeça da Polícia nesta eleição. “Mas realizamos um trabalho de inteligência anteriormente, identificando algumas pessoas que estavam praticando estas atividades criminosas. Alguns foram levados à delegacia e muito material foi apreendido e encaminhado à Justiça Eleitoral para as devidas providências”, detalhou o secretário.
Entre as ocorrências, destaque para a acusação de compra de votos pelo prefeito de Cabrobó, Marcílio Rodrigues Cavalcante (MDB), que recebeu voz de prisão do promotor Tiago Sales, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por estar com santinhos e dinheiro em frente à uma escola do município. No entanto, Antônio de Pádua negou a prisão de Cavalcante. “Não temos notícia de prisão de prefeito e de nenhum político diretamente envolvido nas eleições. O prefeito de Cabrobó foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos como testemunha a pedido do próprio Ministério Público Eleitoral”, explicou.
Em Caruaru, no Agreste do Estado, um eleitor tirou uma selfie na cabine de votação e foi conduzido à Polícia Federal para providências cabíveis.
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