Cresce número de consumidores que poupam acima de R$ 50 para os filhos

Pouco mais da metade (51%) dos entrevistados pela Boa Vista em sua pesquisa realizada para identificar a percepção dos brasileiros sobre a importância da educação financeira a crianças e adolescentes afirma poupar para os filhos. Destes, 62% dizem guardar mensalmente acima de R$ 50, o que representa um aumento de 9 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o ano anterior.

De acordo com a pesquisa da Boa Vista, dos pais que fazem algum tipo de investimento para os filhos, 65% alegam economizar para ajudar nos estudos, como, por exemplo, a pagar a faculdade. 15% afirmam poupar para a compra da casa própria. 13% para outras finalidades, como aposentadoria, previdência e independência financeira. Tratamento médico e compra de carro representam 4% e 3%, respectivamente.

A poupança ainda é a favorita na hora de investir para os filhos (61%). Aplicações em fundos, ações ou CDB são outras modalidades recorrentes para 6% dos pais, quando indagados onde aplicam os recursos para as crianças. Previdência Privada e Títulos de Capitalização também são alternativas para 10% e 7% dos entrevistados, respectivamente. A imagem abaixo contém os detalhes.

85% dos consumidores acreditam ser muito importante a orientação financeira para jovens e adolescentes. Este mesmo percentual acredita ser importante que desde criança se aprenda a lidar com dinheiro. E como fazem na prática para que isso aconteça? 66% costumam conversar e explicar o que é, como se ganha e para que serve o dinheiro. Outros 31% estimulam a criança por meio da economia da mesada ou semanada e 3% alegam que a escola onde a criança estuda tem este tipo de orientação.

Em média, 23% dos consumidores costumam dar mesada ou semanada. Entre 2017 e 2018, este percentual aumentou em 4 pontos percentuais (passando de 23% para 27%). 93% dos consumidores que adotam a prática da mesada utilizam o dinheiro. Apenas 6% adotam o cartão, e destes, 71% o consideram uma boa ferramenta para organização das despesas.

64% dos que já dão mesada ou semanada fazem justamente para estimular a educação financeira. 25% para prover recursos para a alimentação e 11% como uma forma de recompensa por bom comportamento.

A pesquisa também perguntou se substituiriam o tradicional presente do Dia das Crianças por um investimento. 58% não substituiriam o presente por uma modalidade de investimento. 42% substituiriam, e destes, 67% optariam pela poupança. 11% por fundos, ações e CDBs. 9% previdência privada. 6% título de capitalização e 7% outros tipos de investimentos.

Para auxiliar na tarefa de falar de dinheiro com as crianças, a área de Serviços ao Consumidor da Boa Vista lançou a cartilha de educação financeira infantil “Você sabe de onde vem o dinheiro?”. Para baixar o material acesse: www.consumidorpositivo.com.br.

Metodologia

A pesquisa online sobre os hábitos de consumo para o Dia das Crianças, realizada pela Boa Vista SCPC, entrevistou pouco mais de 1.800 consumidores, em nível nacional, entre 23 de agosto e 20 de setembro, com objetivo identificar a pretensão de compra para o Dia das Crianças. Para leitura dos resultados, considera-se margem de erro de 3p.p. e 95% de grau de confiança.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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