Especialista alerta sobre riscos da pílula anticoncepcional

Os anticoncepcionais orais permitiram as mulher fazer um planejamento familiar melhor elaborado, escolhendo o melhor momento para gestar. As famosas “pílulas contraceptivas” foram um verdadeiro sucesso e ainda estão presentes nas bolsas e no organismo de muitas mulheres.

Lançada no mercado em 1960, a primeira pílula anticoncepcional foi uma criação revolucionária mas, estudos recentes, apontam que mulheres que utilizam hormônios sintéticos como método contraceptivo estão mais propensas a problemas de saúde. Isso porque mulheres com histórico familiar de trombose venosa, embolia pulmonar, doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, obesidade, distúrbios alimentares e tabagistas devem buscar outro método anticoncepcional pois, essas condições, somadas ao uso da pílula, aumentam o risco de desenvolver trombose venosa, doença potencialmente grave causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias profundas.

De acordo com o especialista em Longevidade, Dr. Victor Hugo Costa, o uso indiscriminado é um risco e a probabilidade de uma trombose é real.

“O risco de trombose existe e é relatado na própria bula do medicamento. No entanto, as chances de uma trombose podem ser maiores ou menores dependendo do histórico de saúde da paciente, e é por isso que é absolutamente essencial procurar um médico antes de iniciar a medicação.

Além disso, os riscos podem ser aumentados em mulheres com sobrepeso e obesidade ou até mesmo mulheres que realizam viagens constantes de avião. Nesses casos, elas possuem quatro vezes mais chances de serem diagnosticados com trombose nas pernas, embolia pulmonar, infarto ou AVC”, disse.

Em todo o mundo, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de seis milhões de pessoas morrem ,por ano, em decorrência do AVC. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, ocorrem cerca de 100 mil mortes ao ano em virtude do Acidente Vascular Cerebral. O tipo mais comum é o isquêmico, que corresponde a 85% dos registros.

Estudos apontam que o uso do anticoncepcional pode aumentar riscos de AVC isquêmico em duas vezes, em comparação a mulheres que não tomam a pílula.

Mesmo com tantos relatos dos malefícios das pílulas anticoncepcionais, muitas mulheres continuam fazendo o uso indiscriminado da medicação. Nesses casos, buscar uma outra alternativa pode ser muito mais vantajoso para a saúde.

Os métodos contraceptivos hormonais ainda são os mais utilizados no Brasil e podem ser encontrados em diferentes apresentações: oral, injetável, adesivo e implante, que agem impedindo a ovulação ou o dispositivo intrauterino (DIU), com ação hormonal local. Estima-se que 25% das brasileiras utilizem anticoncepcionais por via oral, enquanto 30% das mulheres em idade reprodutiva optam pela laqueadura.

Para não perder a liberdade e ter a praticidade que muitas mulheres buscam, sem colocar em risco a saúde, um opção eficaz é substituir o uso das pílulas pelo implante do “Diu de Cobre”.

O dispositivo intrauterino (DIU) é um pequeno objeto de plástico, em formato de T, inserido no útero para atuar como contraceptivo. Depois de cinco décadas de desenvolvimento, o (DIU) de Cobre se sobressai hoje como o método anticoncepcional reversível mais usado no mundo: cerca de 170 milhões de usuárias, ultrapassando de longe a pílula anticoncepcional que tem cerca de 110 milhões de usuárias, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Dr. Victor Hugo Costa explica as vantagens do Diu de Cobre sobre a pílula que, além de eficaz, depois de implantado, pode permanecer no lugar por até cinco ou dez anos, dependendo do tipo.

“O DIU de Cobre libera íons de cobre que imobilizam o esperma e dificultam bastante a sua motilidade em torno do útero, mas não impedem os ovários de liberarem o óvulo. Na rara ocasião em que um espermatozoide consegue ultrapassar essa barreira, o cobre também impede a implantação do ovo fecundado na parede do útero. Entre os benefícios do uso do diu estão: poder permanecer no lugar por até cinco ou dez anos (de acordo com o tipo), mas pode ser retirado a qualquer momento; tem taxa de 99%, é um dos métodos contraceptivos mais eficazes; adequado para mulheres que desejam um meio contraceptivo reversível de longa duração; mão interrompe o sexo; não é afetado por outras medicações; alternativa às mulheres para as quais o uso do hormônio estrógeno é contraindicado; pode ser usado durante a amamentação; a fertilidade retorna aos níveis anteriores depois da retirada do DIU de Cobre, entre outros”, explica.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *