Para ficar na história: Bon Jovi se apresenta no Recife neste domingo

Um grande palco para um dos maiores do rock. Trazendo canções românticas e músicas icônicas dos anos 1980 e 1990, a banda americana Bon Jovi desembarca para seu primeiro show no Nordeste neste domingo, às 20h30, em uma noite que promete ser inesquecível para os 35 mil fãs esperados no Estádio do Arruda, na Zona Norte do Recife. Além da nostalgia, do tom romântico e do hard rock embalados pela voz de um “grisalho” Jon Bon Jovi, a turnê “This House Is Not For Sale” chega como um sucesso que coroa a carreira do grupo.

Lançado em 4 de novembro de 2016, o disco de mesmo nome estreou no topo das paradas da Billboard 200, dando ao Bon Jovi pela sexta vez a 1ª colocação nos Estados Unidos. O CD foi o primeiro álbum de estúdio da banda com Phil X na guitarra principal, substituindo o antigo membro Richie Sambora em 2013.

Neste ano, o grupo continua com a turnê, que teve suas primeiras etapas nas Américas do Norte e do Sul, sendo reconhecida com o prêmio “Legend of Live”, na Billboard Touring Conference & Awards antes do início da sua turnê This House Is Not For Sale. Foram realizados shows na Rússia, Estônia, Inglaterra, Alemanha e outros países da Europa antes de ir para Israel, em julho.

Depois da presença em 2017, a turnê volta ao Brasil, começando pela capital pernambucana, passando por São Paulo (25/09), Curitiba (27/09) e Rio de Janeiro (29/09, no Rock in Rio), antes de ir para Lima, no Peru (02/10). Para 2019, a turnê segue trazendo grandes sucessos do grupo, como “Always” e “Livin’ On A Prayer” e “You Give Love a Bad Name”, que deverão estar mesclados com algumas músicas novas, como “This House Is Not For Sale”, primeira faixa do último álbum lançado pela banda.

História

Criada em 1983, em Buffalo, nos Estados Unidos, a banda de “hard rock” fez sucesso desde seu primeiro disco, intitulado “Bon Jovi”, lançado em 1984, que incluía faixas como “Runaway”. Jon Bon Jovi (vocais e guitarra), David Bryan (teclado), Alec John Such (baixo), Tico Torres (bateria) e Richie Sambora (guitarra principa) compuseram a formação icônica do grupo.

À época, abrindo para shows de bandas já conhecidas, como Scorpions, Kiss e ZZ Top, Bon Jovi ainda teve que esperar para alçar voos mais altos. A consagração veio em 1986, através do álbum “Slippery When Wet”, que entrou posteriormente na lista dos 200 álbuns definitivos do “Rock and Roll Hall of Fame”. O CD possuía faixas icônicas, a exemplo de “You Give Love a Bad Name”, “Livin’ on a Prayer” e “Never Say Goodbye”, que viraram sucessos absolutos nas paradas das rádios, inclusive no Brasil.

No entanto, a banda passou por mudanças significativas, não mantendo a formação original. A primeira grande foi em 1994, quando o baterista Alec John Such deixou a banda, dando lugar a Hugh McDonald. A segunda (e talvez a mais importante) foi em 2013. Prestes a vir para o Brasil, o Bon Jovi viu seu guitarrista, Richie Sambora, abandonar a turnê pelos Estados Unidos para não mais voltar. Em seu lugar, Phil X, que está com o grupo até hoje.

Até hoje, foram vendidas 130 milhões de cópias dos 13 álbuns de estúdios apresentados, todos trazendo o puro hard rock, com toques românticos e até políticos, que deverão ser tendência inclusive para o próximo álbum da banda, o “Bon Jovi: 20/20”.

O show do Recife é a oportunidade para fãs da Capital pernambucana e de todo o Nordeste. Para quem faz parte do fã-clube “Bon Jovi Recife” no Instagram, a expectativa é grande para o primeiro show da banda na Cidade, o sonho de toda uma vida. Criada neste ano, a página na rede social reúne mais de mil fãs do grupo americano, que possuem itens variados: CDs, pôsteres, camisas e até miniatura de Jon Bon Jovi.

Idealizado pela fotógrafa Mariana Abreu, 30, o fã-clube local serviu para reunir os aficionados e tirar dúvidas sobre a apresentação no Recife. “Sou fã há 21 anos e a primeira vez que soube de Bon Jovi foi através de uma rádio local, que tocou ‘Never Say Goodbye’”, comenta a fã. A apresentação na Capital pernambucana será um marco para a fotógrafa, já que será o primeiro show da banda que ela irá. “A ficha realmente só vai cair no domingo, estou bastante ansiosa”, completa.

A gerente de vendas Alix Stamford, 38, é fã do Bon Jovi há 26 anos, e já foi para shows da banda em São Paulo e no Rock in Rio. “Tinha muita vontade que eles olhassem para o Nordeste e, depois de 36 anos, estamos realizando este sonho”, comenta. Administradora do “Bon Jovi Recife” no Instagram, ela destaca que serão realizadas ações durante o show para interagir com a banda. “Criamos ações para fazer uma surpresa para a banda juntamente com outros fã-clubes para realizar uma festa bonita para a banda”, completa.

Ao todo, serão distribuídos 25 mil balões em formato de coração para a primeira música, juntamente com a lanterna do celular. Para a canção “Lost Highway”, a sugestão é colar post-it na lanterna do celular de acordo com o setor.

Também participante do fã-clube local, a empresária Isabele Moreira, 34, é outra apaixonada pelo grupo. Em 2014, Isabele esteve presente no show da banda em Cancún, no México, durante o “Runaway Tours”, ação da banda que envolve encontro com os integrantes para fotos e meeting. “Acabou sendo em cima da hora, raspei tudo o que tinha das minhas economias e fui. Foi a melhor sensação da minha vida e a realização de um sonho”, afirma a empresária.

Goo Goo Dolls

Antes do show principal da noite, o romantismo já tomará conta. Isto porque a banda Goo Goo Dolls é a responsável pela abertura dos shows da turnê do Bon Jovi na América Latina. Formada em 1986, em Buffalo, nos Estados Unidos, a banda de Johnny Rzeznik e Robby Takac chegou ao sucesso no fim da década de 1990.

Em 1997, como trilha sonora do filme “Cidade dos Anjos”, a banda lançou “Iris”, seu maior sucesso, que viria entrar também no mais novo álbum do grupo à época: “Dizzy Up The Girl”. O grupo ainda reúne outros grandes sucessos que deverão aparecer no show deste domingo. Em outubro de 2012, apareceu liderando os “Top 100 Pop Songs 1992-2012″ da Billboard, tendo também “Slide” na 9ª posição e “Name” na 24ª. A música também ficou cerca de 12 meses seguidos nas paradas da Billboard, ocupando a liderança do Hot 100 Airplay por 18 semanas.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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