Fiéis aguardam canonização de Irmã Dulce, a primeira santa nascida no Brasil

O Brasil tem reconhecidos 36 santos católicos e, no próximo domingo (13), a Igreja proclama Irmã Dulce dos Pobres, o Anjo Bom da Bahia, a primeira mulher santa de fato nascida no País. A freira baiana, que teve forte atuação social em seus 77 anos de vida, principalmente junto aos pobres e doentes, será elevada aos altares em cerimônia presidida pelo papa Francisco, no Vaticano, durante o Sínodo para a Amazônia – assembleia dos bispos que discute questões relacionadas à floresta até o fim do mês.

O anúncio da canonização de Irmã Dulce foi feito em 1º de julho pelo papa Francisco, também no Vaticano. Desde então, a cerimônia é aguardada com ansiedade pelos fiéis em todo o Brasil.

No Recife, uma missa será celebrada no domingo, às 19h, por dom Fernando Saburido, na Paróquia Santa Isabel, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. Na ocasião, uma liderança comunitária da região, que é deficiente visual, entrará com uma imagem de Irmã Dulce na igreja. O ofertório da missa será feito por criança de uma escola pública e todo o templo estará decorado com banners e bandeiras alusivas à santa. Os presentes ainda irão doar alimentos para ajudar os mais necessitados.

O reconhecimento de Irmã Dulce como santa é o terceiro mais rápido de toda a história da Igreja: 27 anos separam a data da sua morte de sua canonização. O primeiro foi o do papa João Paulo II, nove anos após morrer; e o segundo, o de Madre Tereza de Calcutá, canonizada 19 anos depois de sua morte. O ano de 2019 inclusive coincide com o aniversário de 60 anos das Obras Sociais Irmã Dulce, entidade hospitalar fundada pela freira em 1959. O dia litúrgico de Santa Dulce dos Pobres será celebrado em 13 de agosto.

Milagres
A interrupção de uma hemorragia em um parto e a cura de uma cegueira são os milagres reconhecidos pela Santa Sé que ratificaram sua canonização. Em 2001, as orações pedindo sua intercessão teriam feito cessar uma hemorragia de uma mulher de Sergipe que padeceu durante 18 horas após dar à luz o seu segundo filho. Em 2014, um maestro baiano voltou a enxergar após 14 anos de cegueira.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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