As fraudes financeiras levam os consumidores que foram vítimas a repensar seu comportamento na internet e a adotar medidas de segurança. A conclusão é de um estudo feito em todas as capitais pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). De acordo com o levantamento, em cada dez consumidores que foram vítimas de fraudes, sete (71%) já deixaram de comprar em algum site por desconfiar da sua idoneidade. O estudo ainda mostra que somente 28% desses consumidores confiam nos sistemas de proteção contra fraudes das empresas e 62% acreditam que os fraudadores estão sempre um passo à frente das medidas de segurança.
Para a maioria dos entrevistados, a responsabilidade pela segurança em relação a possíveis golpes é tanto da sociedade, quanto das organizações públicas e privadas. De acordo com o levantamento, 69% dos entrevistados acreditam que as instituições financeiras são os principais responsáveis em desenvolver medidas para se evitar fraudes. Já 61% julgam que os próprios consumidores são responsáveis, o mesmo percentual de 61% acreditam que a responsabilidade é de comerciantes e lojistas e 60% mencionam a Polícia Federal.
“É um engano pensar que a responsabilidade pela integridade e proteção de informações pessoais caiba apenas ao governo e às empresas. O usuário também precisa adotar medidas de prevenção, sobretudo ao lidar com perfis nas redes sociais e dispositivos eletrônicos”, afirma o presidente da CNDL, José César da Costa.