Ação do PNHR de Caruaru leva crianças e adolescentes ao teatro

Uma ação promovida pela Prefeitura de Caruaru, por meio da Gerência Municipal de Habitação do PNHR (Programa Nacional de Habitação Rural), possibilitou a ida de 100 crianças, adolescentes e suas famílias contempladas pelo programa para uma apresentação especial no Teatro Rui Limeira Rosal, no município, ontem (31). Os convidados saíram dos sítios Riachão, Antas, Cachoeira Seca, Borba e Pé de Serra de Melancia, zona rural do município, para aproveitar uma apresentação exclusiva do espetáculo “Memórias da Emília”, encenado pelo Grupo Ená Iomerê, do Colégio Diocesano de Caruaru. A encenação foi montada para a comemoração do jubileu de prata do grupo de teatro.

Na plateia, também estavam 109 crianças das Casas de Acolhimento Institucional do município e 45 do Centro Social São José do Monte. Foi a primeira vez num teatro para boa parte das crianças e adolescentes, um fato que emocionou a gerente de habitação do PNHR de Caruaru, Dioneia Figueiroa. “Foi uma oportunidade que essas crianças, que mesmo sendo da zona rural, elas têm um grau de sensibilidade muito grande, pelo comportamento, pela forma que eles começaram e terminaram a sessão com todo o respeito e toda a atenção”, destacou.

“Não é só emocionante, é uma ação reflexiva também, porque a arte tem a sua função formadora, de transformação social. A gente fica muito contente de poder oferecer a essas crianças e famílias a oportunidade de vir a uma casa de espetáculos, assistir a uma peça dessa oferecida pelo Colégio Diocesano, uma instituição cristã que também tem essa função de transformar através da arte”, enfatizou a professora de teatro do Diocesano, Maria Alves, que é também gerente de Artes da Secretaria Municipal de Educação.

“Memórias da Emília”

De autoria de Luiz Felipe Botelho, o espetáculo “Memórias da Emília” contou com direção de Maria Alves e assistência de direção de Guilherme Mergulhão. O texto foi baseado em trechos de três obras de Monteiro Lobato: “Reinações de Narizinho”, “O Saci” e “Caçadas de Pedrinho”. As cenas da peça são episódicas e aventurescas e são encenadas em espaços diversos que culminam com um conflito após a introdução da grande vilã, a Cuca.

Toda a ação acontece no tempo das férias de Pedrinho, menino da cidade que encontra no sítio e no acolhimento de parentes e amigos queridos a possibilidade de ser uma criança feliz. Narizinho, a prima que vive no sítio, é a catalisadora de tudo de melhor que o primo traz em si. Juntos eles se fortalecem em suas semelhanças e diferenças, aprendendo no fluxo da curiosidade insaciável de uma infância sem receios.

É nesse lugar de equilíbrio e profundo afeto que emergem personagens e histórias que se misturam com referências de uma realidade possível como a espertíssima e arengueira boneca Emília, o sábio Visconde de Sabugosa, o Marquês de Rabicó e tantos outros.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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