PSB não vai pedir cargos do PT. Marília diz que “não faz diferença”

Aos olhos da maioria dos membros da Direção Municipal do PT, a determinação do Diretório Nacional da sigla de ter candidatura própria à Prefeitura do Recife “não é fato consumado”. Defensores da manutenção da aliança com o PSB sublinham, em conversas reservadas, que “o processo está em curso” e não descartam que seja revertida decisão que sacramentou o nome da deputada federal Marília Arraes como pré-candidata.

Um integrante da ala favorável à permanência do PT na Frente Popular, em reserva, reage: “Ela está querendo criar o fato consumado de que é candidata e não é asim”. Nos corredores do Palácio das Princesas, não há previsão para que os socialistas cobrem a entrega dos cargos ocupados pelo PT na gestão. No último domingo, o secretário de Agricultura, Dilson Peixoto, participou, inclusive, de reunião com o governador Paulo Câmara sem que houvesse qualquer sinal de azedume na relação. Pessoas próximas ao gestor relatam que, tão logo saiu a decisão do Diretório Nacional, o próprio Dilson telefonou para Câmara dando uma satisfação em relação ao processo interno na legenda.

Na ocasião, governador minimizara o fato, defendendo que o momento era “de trabalhar”. Para os petistas aliados do governador, “não há novidade que determine alteração no fomato da aliança”. Eles acreditam que a decisão da direção nacional não é definitiva. Indagada se a determinação de candidatura própria no Recife implicaria em uma exigência de entrega de cargos nas gestões do PSB, Marília Arraes, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 devolveu: “Para mim, não faz diferença, porque eu não tenho cargos, eu nunca entrei nesse jogo de negociação de maneira alguma. Inclusive, me mantive na Oposição todo tempo”. Marília acrescenta: “Como não participei de nenhum tipo de conversa nesse sentido, aí quem tiver seus cargos faça o que achar melhor”. E arremata: “Eu, realmente, não vou me meter nesse tipo de situação. O que quero, agora, é debater a cidade”.

Aliança com o povo
Marília Arraes acredita que é possível fazer a campanha, mesmo que a ala contrária de seu partido não se engaje. “É possível fazer a campanha. Nós já estamos em pré-campanha”, assinala. E reforça o que sublinhara em carta, emitida por ela no último sábado, ao povo do Recife: “A gente tem que ter aliança é com o povo do Recife”.

Solução > Marília insiste que o povo “não quer mais politicagem”, argumenta que “esse tempo já passou”. Ela argumenta: “Eu costumo dizer que o PT precisa deixar de ser problema nas eleições, porque o PT tem tudo para ser solução”.

Folhapolítica

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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