Primeira quinzena de junho será decisiva para retorno das aulas presenciais em Pernambuco

Diante da incerteza do comportamento da curva de transmissão da Covid-19 em Pernambuco, ainda é incerto quando será a retomada das atividades da educação. A Secretaria Estadual de Educação (SEE), junto com entidades ligadas ao tema, está elaborando um plano específico para o setor. Uma das poucas certezas é que será gradual o retorno das aulas presenciais em escolas, faculdades e universidades pernambucanas, públicas e privadas.

No Estado, as aulas nas unidades de ensino estão suspensas desde 18 de março, devido à pandemia, e continuarão assim até o dia 30 de junho, por conta da renovação de um decreto do Governo do Estado. De acordo com o secretário estadual de Educação, Fred Amâncio, os primeiros 15 dias deste mês de junho serão fundamentais para definir quando serão retomadas as aulas presenciais.

“Não temos data estabelecida. Temos até modelagem de etapas, mas a primeira só vai ser estabelecida após a avaliação da primeira quinzena de junho para saber se realmente está se consolidando a estabilização dos casos de coronavírus no Estado”, explicou o gestor. O secretário falou que o plano específico do setor estará totalmente alinhado com o Plano de Convivência com a Covid-19, lançado pelo Poder Executivo no início deste mês.

Atualmente, a educação básica (educação infantil e ensinos fundamental e médio) é composta por mais de um milhão de estudantes, sendo 400 mil na rede privada e 580 mil nas escolas estaduais. Ainda faltam nessa conta os números de alunos matriculados nos colégios municipais das outras 183 cidades pernambucanas.

“No caso da educação básica, uma das nossas grandes prioridades é o terceiro ano do ensino médio por causa da preparação dos jovens para o Enem e vestibulares. Por isso, estamos analisando uma matriz para ver qual a prioridade na retomada das atividades”, disse Fred Amâncio.

Ele explicou que será preciso controlar o volume de pessoas nas escolas. Por isso, uma das alternativas é implantar uma espécie de rodízio das turmas. “Sabendo que o desenho pode variar de escola para escola. Como vamos ter que trabalhar a questão do distanciamento, por exemplo, não poderemos colocar todos os estudantes ao mesmo tempo em sala de aula”, comentou. Por conta disso, as unidades de ensino terão deverão que mesclar aulas presenciais e a distância. “Vamos ter que fazer uma adaptação do calendário escolar. Tem um prejuízo que fatalmente vai implicar em a gente usar o ano letivo de 2021”, disse.

Segundo o secretário de educação, está sendo planejado não apenas o ano letivo de 2020, mas os seguintes também. “Sabemos que é um ano muito complexo para todos, sobre todos os aspectos, que vai não só da área de educação, mas econômico, social e emocional. Mas nosso trabalho é pensar e fornecer alternativas para que a gente possa dar continuidade ao processo de aprendizagem do estudante”, falou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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