A educação é individual e não plural

“Estamos na era da selfie, na era do usuário de rede social, na era da identidade pessoal como digital. A educação está defasada, seja ela a dos pais, seja ela do governo ou das instituições particulares. Temos educar as crianças como persona, indivíduo único, direcionado.”, inicia Fabiano de Abreu, filósofo, psicanalista e especialista em psicopedagogia que defende uma educação focada no individual.

Segundo o especialista, “Há, hoje em dia, mais do que em qualquer período histórico a possibilidade de criarmos ciclos de educação individualizada com base em todo o potencial tecnológico.
Os alunos devem deixar de ser vistos como um todo, como uma massa homogénea que se comporta e pensa da mesma forma. A hora é de mudança.”.

Abreu refere que as particularidades de cada aluno se devem sobrepor a um todo composto pelo aglomerado.

“O aluno, o ser que está diante de nós deve ser visto nas suas particularidades, deve ser motivado a desenvolver as suas capacidades, as áreas de seu interesse e onde é particularmente notável. O ensino deve ser feito com ritmo próprio explorando o melhor de cada um.
Todos têm um papel nesta alteração, desde os pais aos professores, passando pelas instâncias governativas.
O desenvolvimento passa por uma capacidade ampla de pensar, encontrar soluções e produzir. A nossa sociedade seria muito mais avançada e faria face a muitas problemáticas se tivéssemos mentes a pensar de forma diferenciada. A formatação não trás nada de positivo, a formatação não trás inovação.”, defende o psicanalista.

Para Fabiano de Abreu não há qualquer dúvida que o, “O indivíduo deve ser tratado exatamente assim, de forma especial por ser único.”, concluí.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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