Estudantes do 6º ao 9º ano, que corresponde ao Ensino Fundamental II, retornaram com as atividades presenciais nesta terça-feira (10). O retorno à sala de aula desse grupo escolar segue o cronograma do Governo do Estado e adota o protocolo de segurança também do governo com algumas adaptações.
No colégio Saber Viver, localizado no bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife, a instalação de pias e totens de álcool em gel ao longo das dependências, tapetes sanitizantes, sinalização de distanciamento, reforço de informativos com cartazes fazem parte desse “novo normal”.
De acordo com Natália Ayres, diretora pedagógica da instituição, a escola formulou o protocolo sanitário junto com os pais. “Recebemos o protocolo do governo, fizemos a nossa adaptação, enviamos para os pais e incluímos as sigestões. Foi uma construção coletiva, que se preocupou com todos os aspectos levantados”, afirmou.
Na semana que antecedeu o retorno, o Saber Viver realizou um levantamento com os pais, tutores e responsáveis dos alunos, para ter uma noção de quantos estudantes frequentariam a escola. “Conforme a nossa pesquisa, a adesão estava em torno de 35%. Hoje, recebemos uma média de 26 alunos no total, que corresponde ao valor apontado em nosso estudo”, complementou Natália.
Empolgado com a volta, o estudante Max André, 11, do 6º ano, estava muito ansioso para o retorno. “Está sendo bem diferente. Eu estou aqui em sala, mas alguns amigos estão acompanhando e participando ao vivo dessa aula da casa deles”, explicou. Ele também sentiu a diferença na hora do intervalo, já que agora não pode mais ter contato. “Antigamente a gente brincava e jogava bola lá fora. Hoje eu e meus colegas ficamos dentro da sala mesmo”, emendou o jovem. Max levou três máscaras para a escola e realizou a primeira troca após o intervalo, quando tirou para comer.
Professor da disciplina de Formação Humana, Orlando Moreira está muito feliz em poder ver alguns alunos dentro de sala. “A escola está seguindo todos os protocolos, e os alunos estão bem conscientes do que pode e o que não pode fazer. Vamos normalizando essa situação aos poucos, enfrentando as diferenças juntos e se adaptando dia após dia”, disse Orlando.
A escola dividiu as turmas, que normalmente têm de 30 a 32 alunos, em dois grupos. Quando o aluno não está na sala de aula, ele vai acompanhando a aula ao vivo de casa. “A tendência é que esse número de alunos frequentando as aulas presenciais vá aumentando na medida em que as famílias vão sentindo confiança no protocolo adotado pela escola. Vale lembrar que fica a cargo da família decidir se o filho assiste a aula de casa ou na escola. Estamos prontos para atender a demanda”, finalizou a diretora pedagógica.
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