Mais uma pesquisa sobre o valor da cesta básica foi divulgada, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, realizada pelos cursos de Ciências Contábeis e de Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip, coordenada pela professora Eliane Alves. Segundo os dados levantados, houve uma queda de 3,22% no mês de novembro de 2020, uma surpresa diante dos últimos meses que só registraram altas significativas, sendo essa a primeira queda do ano. De acordo com a pesquisa, no décimo primeiro mês deste ano, o valor da alimentação básica caruaruense passou de R$ 365,98 para R$ 354,53, ficando R$ 11,45 mais barata.
Foi constatado, de acordo com a professora Eliane Alves, que os itens que contribuíram para essa queda foram o tomate (- 36,21%) e o feijão (-3,07). Na contramão destes dados, a banana (22,42%), o açúcar (6,02%), a carne (3,07%), o arroz (3,95%) e o leite (-3,35%) foram os vilões do mês entre os itens que registraram alta.
Se compararmos Caruaru à Recife, a alimentação básica caruaruense continua apresentando um valor inferior, com uma diferença de R$ 108,45. Na capital pernambucana, a cesta básica está custando R$ 462,98.
Baseado na metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a pesquisa levantou também as horas trabalhadas para a obtenção da cesta básica, além de qual seria o salário mínimo ideal para os caruaruenses diante deste panorama. Uma família de Caruaru deveria, então, receber, um salário mínimo em novembro de 2020, de R$ 2.978,42 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos que garantem a sobrevivência digna de um grupo familiar. Em relação às horas trabalhadas, ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, segundo o Ministério do Trabalho, o trabalhador de Caruaru em novembro utilizou 37,16% (82h16min) de todo o seu tempo de ocupação profissional só́ com as despesas de alimentação.