PF investiga irregularidades na aquisição de material médico-hospitalar em Pernambuco

Na manhã desta quarta-feira (28), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Bal Masqué, responsável por investigar a aplicação de recursos públicos usados no combate à pandemia da Covid-19 em Pernambuco. Com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 36ª Vara Federal da Justiça Federal na Seção Judiciária de Recife/PE, nesta segunda fase, as equipes policiais buscam apreender as máscaras e aventais adquiridos para realização de exame pericial visando colher provas da falta de autorização da Anvisa em relação às máscaras e aventais entregues pela empresa investigada à Secretaria de Saúde do Recife.

De acordo com a resolução temporária publicada pela Anvisa em abril de 2020, é proibida a confecção de máscaras cirúrgicas com tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros têxteis que não sejam do tipo “Não tecido de uso odonto-médico- hospitalar” para uso pelos profissionais em serviços de saúde. Contudo, as investigações apontam que os tecidos utilizados para confecção artesanal de máscaras e aventais foram TNT comum, não hospitalar, impróprio para servir como EPI aos profissionais vinculados à Secretaria de Saúde do Recife.

O nome da operação “Bal Masqué” faz referência aos bailes de máscaras que remontam à Idade Média, mais especificamente nas cidades italianas de Veneza e Florença.

Diario de Pernambuco

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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