‘Queremos ter um papel de destaque’, dispara presidente estadual do PT

O namorico do PT com o PSB já vem se desenrolando há meses, mas nenhum dos partidos bateu o martelo sobre essa aliança para as próximas eleições estaduais. Para o presidente estadual da sigla petista, o deputado Doriel Barros, o laço pode até ser fechado com os socialistas, sob a condição do PT ter um “papel de destaque”. “Se houver essa aliança, nós queremos ter um papel de destaque, até porque o PT tem uma força muito grande aqui em Pernambuco”, explicou. As declarações foram dadas ao programa Manhã na Clube, da Rádio Clube Am 720, chefiado pelo titular da coluna Diario Político, Rhaldney Santos.

Doriel também afirmou que a possibilidade da candidatura própria não foi descartada dentro do partido. De um jeito ou de outro, o presidente estadual indicou que o PT está decidido a ter protagonismo nas próximas eleições. “Queremos execer um papel de protagonismo aqui em Pernambuco e cada vez mais fortalecer o nosso papel no estado”, comentou. Quanto ao nome indicado, Doriel não revelou muito, apenas que as discussões ainda estão sendo feitas e que os nomes da deputada Marília Arraes e do Senador Humberto Costa estão no radar da direção da sigla.“O nome dela [Marília] é sempre lembrado pela liderança como alguém que pode fazer a disputa do governo de Pernambuco, assim como o senador Humberto Costa. Temos também outros quadros e a decisão será coletiva”, afirmou.

Não é de hoje que as lideranças locais do PT se dividem entre as possibilidades de candidatura própria ou aliança. Quando questionado sobre o que ele preferia entre os dois caminhos, Doriel se reservou a afirmar que apoiaria qualquer decisão da direção petista. O deputado também lembrou que o principal foco deveria ser a candidatura do ex-presidente Lula, que lutará pela presidência em 2022, tendo as candidaturas estaduais construídas ao redor desse objetivo. “O nosso objetivo central é a presidência de Lula, isso está em primeiro lugar, mas não quer dizer que o estado fica secundário nesse debate”, comentou. “Lula precisará de uma base forte no congresso. Em torno desta candidatura vamos articular diversos partidos, temos que considerar não somente um projeto nacional, mas também algo que possibilite dá sustentação a esse projeto nacional”, explicou.

Para o parlamentar, a luta maior será no pódio presidencial, onde especula-se que Lula enfrentará o atual presidente da república, Bolsonaro (Sem partido), que não tem muita popularidade entre as legendas de esquerda, e é esse o ponto fraco dele que deve ser explorado. “Isso tem unificado forças da esquerda e centro na direção de derrotarmos o bolsonarismo”, ponderou. De acordo com o deputado, Lula se apresenta como alternativa mais forte para derrotar o “adversário em comum”. “O PT tem se apresentado como uma candidatura que tem viabilidade concreta de derrotar o bolsonarismo”, concluiu.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *