Operação desarticula empresas em Pernambuco por esquema de pirâmide

Uma operação da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) desarticulou empresas que atuavam no mercado financeiro sem autorização no esquema de pirâmide. Os consumidores eram incentivados a fazerem empréstimos bancários, nos quais seria oferecido um investimento na empresa, garantido um lucro fora da realidade.

Foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão domiciliar, 33 bloqueios de saldos de contas bancárias expedidos e 31 quebras de sigilo fiscal.

Além disso, medidas cautelares diversas para identificação e bloqueio de ativos nas juntas comerciais dos Estados de Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, cartório de registros de imóveis, dentre outras medidas decretadas pela Primeira Vara Criminal da Capital.

Uma das empresas investigadas na operação, no Recife, foi a financeira Vici Promotora, que teve seus documentos e objetos apreendidos pela Polícia e foi autuada e interditada pelo Órgão de Defesa do Consumidor. A empresa possui o CNPJ de correspondente bancário, mas também atuava como investidor financeiro.

O grupo atuava por meio de pessoas jurídicas constituídas especialmente para esse fim num tipo de fraude conhecida por “Esquema Ponzi”, sistema semelhante às pirâmides financeiras, mas, como os investidores não são obrigados a indicar participantes para o esquema, dá-se uma maior aparência de investimento.

O modelo da atuação da quadrilha exigia um aporte mínimo de R$ 5 mil com taxas de juros que variavam de 0,5% a 5% ao mês.

Segundo o delegado encarregado das investigações, Carlos Couto, a quadrilha agia em um modelo de negócio fraudulento a partir do Rio de Janeiro. “Ela atuava de forma marginal no mercado financeiro sem autorização do mercado financeiro, seja do Banco Central ou da Comissão de Valores Imobiliários que fazem as fiscalizações desses entes”, detalha.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, parte do grupo migrou do Rio de Janeiro para Pernambuco, onde foi criado Única Serviços em Consultoria e Gestão Empresarial LTDA, que funcionava em um andar inteiro de um edifício comercial na Avenida Dantas Barreto, Santo Antônio, área central do Recife.

Segundo a PCPE, o material que foi apreendido hoje dará nomes a várias outras empresas que serão investigadas no esquema de pirâmide.Todo o material será analisado pela PCPE.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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