Petrobras amplia investimentos para US$ 68 bilhões nos próximos cinco anos

O Conselho de Administração da Petrobras ampliou seus investimentos para US$ 68 bilhões no Plano Estratégico para o quinquênio 2022-2026 (PE 2022-26). Nos próximos cinco anos, a companhia prevê que esses investimentos serão 24% superior ao mesmo período do plano anterior.

Segundo a Petrobras, a empresa mantém sua estratégia consistente de focar em projetos com pleno potencial de gerar recursos e contribuições para a sociedade brasileira. “Priorizamos transformar recursos em riquezas para o país ao mesmo tempo em que trilhamos o caminho sustentável para a transição energética. Ampliamos nossa previsão de investimentos para os próximos anos e fazemos isso com extrema responsabilidade e diligência na alocação dos recursos”, destaca o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.

A empresa afirmou também que no segmento de E&P, serão investidos US$ 57 bilhões entre 2022 e 2026. “Para o período está prevista a entrada em operação de 15 novas plataformas em seis campos, com mudança na estratégia de contratação de unidades afretadas por próprias em alguns dos projetos”, afirma Silva e Luna.

“Foi mantida a premissa destacada no plano passado de resiliência da carteira de investimentos do E&P, de maneira que todos os projetos considerados apresentam viabilidade econômica em cenário de preço do petróleo de US$ 35 por barril no médio e longo prazo. Esta premissa reforça o foco da Petrobras em ativos competitivos em cenários acelerados de transição. A produção de óleo e gás estimada para 2022 e 2026, respectivamente, são de 2,7 e 3,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia”, aponta a Petrobras.

Refinarias

Na área de Refino, a Petrobras investirá US$ 6,1 bilhões nos próximos cinco anos, sendo US$ 1,5 bilhão na integração entre a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e o GasLub Itaboraí, para a produção de derivados de alta qualidade e óleos básicos, a fim de aproveitar a crescente demanda do mercado de lubrificantes.

Outro projeto relevante previsto no plano é a conclusão da segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), com investimentos de US$ 1 bilhão, possibilitando a ampliação de sua produção de 115 mil para 260 mil barris por dia (bpd) em 2027. “Para a Comercialização e Logística, o investimento de US$ 1,8 bilhão se destina principalmente à continuidade operacional, focada em um ambiente cada vez mais competitivo, com destaque para os investimentos obrigatórios a serem alocados no Terminal de Santos, em função do leilão da área realizado recentemente”, comenta a Petrobras.

Gás e energia

O investimento de US$ 1 bilhão previsto para a área de Gás e Energia contempla, principalmente, conclusão da Unidade de Tratamento de Gás (UTG) Itaboraí, com previsão de entrada em operação em 2022, além de manutenções e paradas programadas dos ativos. Segundo a estatal, a visão da Petrobras, no plano aprovado, é a de “ser a melhor empresa de energia na geração de valor, com foco em óleo e gás, sustentabilidade, segurança, respeito às pessoas e ao meio ambiente”.

A inclusão da sustentabilidade na visão é refletida no investimento de US$ 2,8 bilhões para redução e mitigação de emissões, incluindo investimentos em eficiência operacional incorporados nos projetos para mitigação das emissões (escopos 1 e 2), bioprodutos (diesel renovável e bioquerosene de aviação) e pesquisa e desenvolvimento.

Hoje, a companhia atua de forma íntegra e suas decisões consolidam sua saúde financeira, assim como asseguram a sustentabilidade da empresa. “Este plano reforça a importância de uma Petrobras forte, saudável e geradora de recursos. Em 2021 são estimados mais de R$ 220 bilhões entre tributos e impostos recolhidos e dividendos pagos à União e demais entes federativos”, comenta a estatal.

“Vamos gerar cada vez mais recursos que não ficam retidos no caixa da companhia, mas retornam à sociedade sob a forma de tributos, dividendos e investimentos, com efeito multiplicador na geração de empregos e no crescimento da economia brasileira. No horizonte do plano, estão previstos pagamentos de participações governamentais, tributos e dividendos à União que representam cerca de 58% da nossa geração de caixa operacional. Isso significa que grande parte da geração de caixa das nossas operações retorna ao nosso maior acionista, que é o Estado brasileiro”, conclui o presidente da estatal, Silva e Luna.

Agência Brasil

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *