Nesta quinta-feira (10/02), o presidente em exercício do TRE-PE, desembargador André Guimarães, irá inspecionar a chegada das urnas bem como fará uma apresentação para a imprensa das novas máquinas. A entrevista coletiva será às 9h no depósito de urnas do TRE-PE, localizado na avenida Cônsul Vilares Fragoso, nº 291-B, San Martín, na Zona Oeste do Recife.
A maioria das urnas que vem para Pernambuco serão utilizadas nos polos da Região Metropolitana e, eventualmente, algumas serão enviadas para os polos do interior do Estado.
Outros modelos
A urna eletrônica 2020 não será o único modelo a ser usado nas Eleições de 2022. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adquiriu cerca de 225 mil urnas desse tipo para uso no pleito deste ano em todo o país.
Entre as 577.125 urnas que serão utilizadas no país inteiro, incluindo as chamadas urnas de contingência (usadas para substituir as que apresentarem problemas), cerca de 73 mil serão do modelo 2009, quase 118 mil serão do modelo 2010 e outras cerca de 35 mil serão do de 2011. Haverá ainda equipamentos de 2013 (30.142) e 2015 (95.885).
Embora a urna eletrônica 2020 e os demais modelos tenham aparências diferentes, todas são urnas eletrônicas oficiais da Justiça Eleitoral e apresentam os requisitos de segurança e legitimidade para receber e apurar com fidedignidade a manifestação da vontade popular expressada por meio do voto.
Projeto e apresentação
A apresentação do modelo 2020 da urna eletrônica foi feita dia 13/12/21 pelo presidente do TSE diretamente da fábrica localizada em Manaus (AM).
Mais moderna, mais segura, as urnas eletrônicas 2020 trazem novos recursos de acessibilidade e novidades em termos de segurança, transparência e agilidade. A produção será em larga escala com foco nas placas-mãe da urna.
A linha de produção da Positivo Tecnologia – que venceu a licitação e fabricará as 225 mil novas urnas, de um total de 577 mil que serão usadas nas Eleições 2022 – segue rigorosos padrões de segurança. Vale ressaltar que cada fase da produção dos equipamentos é acompanhada de perto pela equipe da Coordenadoria de Tecnologia Eleitoral (Cotel) da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE.
O projeto da urna eletrônica foi desenvolvido pelo TSE e é totalmente nacional, customizado de acordo com as características do eleitor brasileiro, ou seja, intuitivo para facilitar na hora do voto.
Principais mudanças da urna eletrônica modelo 2020 em relação ao modelo anterior (o último era o de 2015):
1 – O processador do tipo System on a Chip (SOC) é dezoito vezes mais rápido que o modelo 2015;
2 – Por não precisar de recarga, a bateria do tipo Lítio Ferro-Fosfato exige menos custos de conservação;
3 – A mídia de aplicação do tipo pen drive traz maior flexibilidade logística para os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) na geração de mídias;
4 – A expectativa de duração da bateria é por toda a vida útil da urna;
5 – O terminal do mesário passa a ter tela totalmente gráfica, sem teclado físico, e superfície sensível ao toque;
6 – O novo modelo conta com um teclado aprimorado, com teclas com duplo fator de contato, o que permite ao próprio teclado acusar erro, caso haja mau contato ou tecla com curto-circuito intermitente;
7 – As urnas eletrônicas que serão utilizadas nas Eleições 2022 contarão com grandes novidades em termos de acessibilidade, uma voltada para pessoas com deficiência visual, e outra para pessoas com deficiência auditiva. A sintetização de voz foi aprimorada para as eleições do próximo ano. Agora também serão falados os nomes de suplentes e vices, e será possível cadastrar um nome fonético. Além disso, será incluída una apresentação de um intérprete de Libras na tela da urna, para indicar quais cargos estão em votação.
Etapas que marcam o processo eletrônico de votação no Brasil e que garantem, há mais de 25 anos, a confiança do povo brasileiro na urna eletrônica não sofreram nenhuma alteração.
O que não mudou:
1 – As urnas eletrônicas não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth;
2 – Uso do que há de mais moderno em termos de criptografia, assinatura e resumo digitais, garantindo que somente o sistema e programas desenvolvidos pelo TSE e certificados pela Justiça Eleitoral (JE) sejam executados nos equipamentos;
3 – Mantidas as etapas de seguranças que integram o Ciclo de Transparência Democrática, como, por exemplo, a cerimônia na qual, após a inspeção dos códigos-fontes do sistema e dos programas por partidos, entidades públicas e universidades, todo o conteúdo é lacrado, recebendo a assinatura digital de autoridades, e trancado na sala-cofre do Tribunal;
4 – Possibilidade de auditoria das urnas, antes, durante e após a votação, pelos partidos e instituições fiscalizadoras que integram a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e pela sociedade em geral;
5 – Impressão da zerésima (comprovante que mostra que, no início da votação, não há voto registrado na urna para nenhuma candidatura);
6 – Emissão dos Boletins de Urna (BUs) logo após o término da votação, com a distribuição de cópias aos partidos e a afixação do BU em cada seção eleitoral para quem quiser comparar com os dados divulgados no Portal do TSE;
7 – As urnas ainda contam com o Registro Digital do Voto (RDV). Nele, as informações sobre os votos são embaralhadas em uma tabela que assegura o sigilo da votação; e
8 – No dia da eleição, continua a ser realizado o Teste de Integridade em dezenas de urnas que já estavam prontas para uso. Essa certamente é uma das etapas de segurança
Blog da Folha