A Polícia Federal abriu um inquérito nesta quinta-feira (10) para investigar a postura do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, diante das manifestações bolsonaristas. O objetivo é apurar se a corporação cometeu eventuais abusos durante o segundo turno da eleição.
Vasques deve ser chamado para depor na PF nos próximos dias. Também é investigada suposta omissão de Vasques em relação aos bloqueios criminosos de rodovias.
Desde o resultado das eleições, no dia 30 de outubro, parte da categoria dos caminhoneiros e outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) — derrotado nas urnas contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — passaram a realizar protestos pelo país e fechar rodovias federais. Entre outras falas de tom antidemocrático, os manifestantes pedem “intervenção federal” e destituição dos tribunais superiores.
No dia do segundo turno, moradores do Nordeste usaram as redes sociais para denunciar operações da PRF nas estradas da região. De acordo com eles, os agentes colocaram barricadas em vários pontos, atrasando a votação dos eleitores. Na mesma data, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu a corporação de realizar operações relacionadas ao transporte de eleitores.
Correio Braziliense