Alto do Moura ganha novo espaço cultural

Com o intuito de fortalecer a produção artística local e sua diversidade, os produtores culturais Amanda Nascimento e Humberto Botão inauguram no próximo sábado, 19, a Circullus – Espaço Criativo. A estrutura montada no Alto do Moura, na Rua Mestre Vitalino, 289 (ao lado da pousada Casa da Gente), conta com galeria coletiva de artes, Ateliê Humberto Botão, cafeteria, e sede da incentivadora cultural Circullus, além de disponibilizar área para eventos e calendário de cursos e oficinas. O espaço criativo ficará aberto, neste sábado, das 14h às 18h.

O Espaço Circullus tem como foco trabalhar os processos criativos e, paralelamente, incentivar a produção conceitual do Alto do Moura, que apresenta elementos mais subjetivos. “Apesar de estarmos situados no Alto do Moura, não encontraremos apenas a cerâmica. Obviamente essa é o carro chefe, mas também temos diversos outros suportes artísticos, como pintura, escultura em madeira, desenho, fotografia… Este é um espaço de arte para os apreciadores e para artistas, sejam novatos ou veteranos. Queremos trabalhar na divulgação da produção, mas também na potência que é a formação cultural”, pontua Humberto Botão, que também é artista visual e ceramista. Neste sentido, a partir de janeiro, a Circullus – Espaço Criativo lança calendário de férias de cursos e oficinas artísticas.

Você pode obter mais informações sobre o espaço criativo e sua programação através do Instagram @espacocircullus ou do WhatsApp (81) 9.9432.9590

EXPOSIÇÕES
Neste sábado (19) também estarão abertas para visitação na Circullus – Espaço Criativo as exposições coletivas Conceitualto e Um grito do território: uma antologia indígena. Conceitualto foi aprovada no edital Funcultura e é composta por obras dos ceramistas do Alto do Moura Ed Bernardo, Humberto Botão, Nicinha Otília, Shivo Araújo e do fotógrafo Geyson Magno, com curadoria de Humberto Botão. Dialoga sobre a produção contemporânea do Alto do Moura, também chamada de imaginária, mais focada no conceito da obra que na forma em si. O projeto prevê uma exposição virtual, que será abrigada na plataforma Google Arte e Cultura. Entretanto, até dezembro, será possível visitá-la in loco. Entrada gratuita e classificação livre.
Já a exposição Um grito do território: uma antologia indígena é composta por produções cerâmicas de mais de 20 mulheres artesãs do Alto do Moura, uma iniciativa da pesquisadora e museóloga Kássia Soares e da Associação de Mulheres Artesãs Flor do Barro, que passou a ser um projeto de extensão da UFPE-Campus Agreste, em um movimento cultural denominado Nossa Arte Também Grita, com curadoria de Priscila Budaes. A exposição esteve em cartaz na Universidade Federal de Pernambuco – Campus Agreste, nos meses de setembro e outubro e traz uma mostra do estilo de vida dos povos indígenas, suas tradições, territórios, visibilidade social, lendas, atualidades, preservação cultural e do meio ambiente, sororidade, saúde e bem estar.

“O Alto do Moura é o ventre que gera a arte é o local da oportunidade. A Associação de Mulheres Artesãs Flor do Barro sempre contou com o apoio de Humberto Botão e Amanda Nascimento e vê na parceria com a Circullus um espaço para o nascimento de ideias inovadoras e possibilidades vindouras”, destaca a curadora Priscila Budaes. Estará aberta para visitação no Espaço Circullus até o mês de dezembro, também com entrada gratuita e classificação livre.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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