Na contramão das especulações que apontam o nome da governadora do Ceará, Izolda Cela, como o mais cotado para o Ministério da Educação no governo Lula, o Núcleo de Educação e Cultura do PT resiste a indicação da ex-pedetista.
O partido tem o interesse de ocupar a pasta e aposta no deputado federal Reginaldo Lopes, que foi coordenador da campanha do petista em Minas Gerais. A articulação para minar o nome de Izolda é de membros da equipe de transição, incomodados com a proximidade dela com a Fundação Lemann, organização privada que promove iniciativas para a educação pública.
Para a maior parte PT, esse vínculo é malvisto porque a legenda acredita na necessidade de reerguer a educação pública sem a lógica privada. O Núcleo de Educação e Cultura da sigla se posicionou, na última sexta, em mensagem ao diretório nacional. Petistas e aliados argumentam que o MEC não deve estar vinculado “aos setores empresariais da educação pública”.
“A atual conjuntura que se consolida com a posse do presidente Lula exige a defesa intransigente da educação pública e popular como pilar do desenvolvimento nacional. Educação que deve ser gratuita, democrática, laica, inclusiva, com gestão pública e de qualidade social e, notadamente, deve ter no reforço do papel do Estado centralidade para garantia deste direito público subjetivo”, diz trecho.
O Globo