O Partido Socialista Brasileiro (PSB) emitiu nota oficial, na manhã desta quarta-feira (1), na qual refuta as alegações da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), de que teria herdado uma dívida de cerca de R$ 950 milhões do ex-governador Paulo Câmara (sem partido), que, durante os últimos oito anos, esteve à frente do Palácio do Campo das Princesas filiado ao partido.
Ontem (28), a assessoria de Raquel Lyra enviou comunicado à imprensa destacando que a governadora teria quitado, no primeiro bimestre deste ano, restos a pagar no montante de R$ 756 milhões. “Diante das dificuldades orçamentárias e de caixa deixadas pelo governo anterior [de Paulo Câmara], o momento é de regularizar as contas para garantir a sustentabilidade fiscal”, explicou o secretário estadual da Fazenda, Wilson José de Paula.
O PSB relembra a decisão de Raquel Lyra de aumentar o próprio salário e o da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), bem como de todo o secretariado do Governo de Pernambuco, como uma medida que teria onerado a folha de funcionários comissionados em R$ 100 milhões.
A sigla socialista ainda acusa a gestora tucana de “tentar pintar um quadro financeiro do Estado de Pernambuco fora da realidade” ao afirmar que “o que o atual governo herdou da administração do ex-governador Paulo Câmara está claro para a população”, e que o “discurso com informações distorcidas (…) não passa de cortina de fumaça para encobrir a dificuldade que a atual gestão tem encontrado em fazer o seu papel de governar”.
Leia a nota na íntegra.
“Mais uma vez, a gestão de Raquel Lyra se ocupa em tentar pintar um quadro financeiro do Estado de Pernambuco fora da realidade, brigando com as atitudes realizadas por ela mesma. O que o atual governo herdou da administração do ex-governador Paulo Câmara já está claro para a população”, rebate o PSB.
Ficou cristalino quando ela aceitou aumentar o próprio salário, o de sua vice e o de seus secretários, onerando a folha de comissionados em R$ 100 milhões.
Quando remanejou receitas e previu um investimento de R$ 900 milhões em estradas.
Quando recebeu espaço fiscal para captar quase R$ 4 bilhões em operações de crédito. E, ainda, quando divulgou o calendário de pagamento dos servidores até dezembro.
A verdade é que Pernambuco chegou a dezembro de 2022 com a melhor situação financeira dos últimos 30 anos. O discurso com informações distorcidas e sem embasamento técnico não passa de cortina de fumaça para encobrir a dificuldade que a atual gestão tem encontrado em fazer o seu papel de governar.
Quem tem sentido isso na pele são exatamente as pernambucanas e os pernambucanos que mais precisam: 1,3 milhão de famílias que deixaram de receber o 13° do Bolsa Família, os milhares de trabalhadores da educação há dois meses sem receber salário e os estudantes da rede estadual de ensino, que estão sem merenda.
Essa é a verdade!
Partido Socialista Brasileiro (PSB)”
Diario de Pernambuco