Após duas altas seguidas, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,3 ponto em abril ante março. Segundo o indicador, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) nesta terça-feira (2/5), em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,9 ponto.
Segundo o superintendente de estatísticas públicas do FGV/Ibre, Aloisio Campelo Júnior, a queda refletiu o quadro de desaceleração gradual do nível de atividade dos setores mais cíclicos da economia, uma tendência que vem sendo compensada neste início de ano pelo excelente desempenho do agronegócio. “Houve alguma melhora da percepção com relação à situação presente dos negócios e piora das expectativas”, avaliou.
O índice reúne os dados das sondagens da indústria, serviços, comércio e construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O objetivo é obter uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
Em abril, a confiança avançou em 53% dos 49 segmentos integrantes do ICE. Na passagem de março para abril, a confiança dos serviços subiu 0,7 ponto, para 92,4 pontos, e a do comércio caiu 3,3 pontos, para 83,6 pontos. A indústria teve elevação de 0,1 ponto, para 94,5 pontos, enquanto a construção avançou 1,0 ponto, para 95,4 pontos.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 1,3 ponto em abril ante março, para 92,2 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) caiu 1,6 ponto, ficando em 91,4 pontos. “Com este resultado, o indicador que reflete as expectativas voltou a ficar abaixo do indicador de situação atual, uma combinação que justifica uma interpretação desfavorável para os resultados das sondagens empresariais em abril”, afirmou Campelo Júnior.