Psicopedagoga destaca a importância da Educação Inclusiva para crianças autistas

A educação inclusiva é um direito assegurado pela Lei Federal 12.764/2012, que prevê a participação de crianças e adolescentes autistas e suas famílias no ensino regular. Além de terem o direito de frequentarem a escola, pessoas com o transtorno do espectro autista devem ter acesso a uma atenção especializada, que garanta o reconhecimento do diagnóstico, tratamento multidisciplinar e o acompanhamento com professor capacitado.

A psicopedagoga, especialista em atendimento educacional, credenciada ao Cartão Saúde São Gabriel, Damares Bezerra, ressalta que a identificação precoce do autismo é essencial para promover a inclusão e adaptação necessária a cada indivíduo. “O diagnóstico contribui para o desenvolvimento de novas habilidades, promovendo a autonomia do ser, respeitando sempre a sua individualidade. É importante evidenciar que em virtude do diagnóstico precoce é possível a regularização dos sintomas, além da estimulação das aprendizagens”, destaca.

“Por meio da educação inclusiva é possível que a escola realize as adaptações necessárias que irão promover um ambiente de melhor rendimento escolar para o aluno, se moldando a sua realidade,” reforça. Para isso, uma atenção multidisciplinar e especializada é fundamental, pois possibilita ao estudante um amplo espectro de aprendizagem e manutenção da rotina. A profissional pontua que atividades dinâmicas, com estímulos audiovisuais e em grupo, evitando ruídos, trazem muitos benefícios para o autocuidado e a socialização.

A cooperação entre instituição de ensino e família também é outro fator indispensável. Nesse sentido, a psicopedagoga afirma: “Quando consideramos o aluno autista, o vínculo fortalecido promove um melhor desempenho escolar para o aprendente, visto que por meio da caminhada conjunta é possível que a criança desenvolva uma maior independência. Essa parceria é essencial, pois acreditar na instituição de ensino é também acreditar nas potencialidades do indivíduo”.

Para além da instituição de ensino, a própria família pode contribuir para essa educação inclusiva através da aceitação, compreensão do diagnóstico e continuidade do atendimento com uma equipe disciplinar. Além disso, a especialista ainda evidencia que meios de inclusão social como, por exemplo, grupos de pais de autistas e uso de livros didáticos acerca do tema, podem auxiliar na desmistificação de “tabus” e na superação das adversidades por parte das crianças e família.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.