Inflação desacelera e fecha março em 0,56%, pressionada por alimentos

A inflação oficial de março fechou o mês em 0,56%, pressionada principalmente pelo preço dos alimentos, que tiveram a maior alta desde dezembro de 2024. Apesar dessa pressão, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), perdeu força ante fevereiro, quando marcou 1,31%.

Com o resultado de março, o acumulado de 12 meses do IPCA chega a 5,48%, acima do teto da meta do governo e o maior desde fevereiro de 2023, quando chegou a 5,60%.

A meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, uma janela de 1,5% a 4,5%.

Março de 2025 teve o maior resultado para o mês desde 2023 (0,71%). No mesmo mês do ano passado, o IPCA marcou 0,16%.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE apresentaram alta em março.

Alimentação e bebidas: 1,17%
Habitação: 0,24%
Artigos de residência: 0,13%
Vestuário: 0,59%
Transportes: 0,46%
Saúde e cuidados pessoais: 0,43%
Despesas pessoais: 0,70%
Educação: 0,10%
Comunicação: 0,24%
O índice de difusão, que mostra o percentual de produtos e serviços que ficaram mais caros, marcou 61%.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.