Por Doriel Barros
Foi lançada em Pernambuco, na última sexta-feira (25/09), a Frente Brasil Popular (FBP), uma articulação que nasce com o objetivo de unir movimentos sociais e sindical, entidades e partidos políticos que compartilham de propostas e ideias em defesa da democracia e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
O Brasil vive um momento especial, no qual as importantes transformações ocorridas, nos últimos anos, não podem ser perdidas. O que se quer é unir forças do campo de esquerda, para defendê-las, mas também buscando avanços em muitas áreas que ainda têm lacunas.
As propostas apresentadas pelo cenário atual não atendem à pauta dos trabalhadores e trabalhadoras. A politica econômica do Governo Federal precisa ser corrigida, pois não é possível a implementação de um ajuste fiscal que penalize, mais uma vez, os mais pobres.
É preciso exigir mais de quem ganha mais. Os mais ricos pagam menos impostos que os mais pobres, e esse é o resultado de um modelo capitalista que favorece apenas a elite. É preciso que seja assumida outra pauta, mas não se pode esperar essa atitude de um ministro da Fazenda que é filho do capitalismo.
Outra contradição é ter uma representante legítima do agronegócio, defensora dos latifundiários, como é a ministra Katia Abreu, fazendo parte de um governo que precisa implementar uma ampla reforma agrária, tendo em vista que o nosso país passou mais de 500 anos de exclusão social e de dominação dos grandes proprietários de terras.
Mas, os riscos à nossa democracia, neste momento, é, com certeza, o debate mais importante da Frente Brasil Popular. As fases vivenciadas pelo Brasil, ao longo de sua história, de colonização e regimes ditatoriais, provocaram várias sequelas e um grande atraso no crescimento do País. A ausência da participação popular gerou desigualdades enormes, tendo como consequência milhares de excluídos do direito de viver com cidadania.
A defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras; a ampliação da democracia, com a participação popular nas decisões que envolvem a organização da sociedade brasileira; a promoção das reformas estruturais necessárias, a fim de garantir o desenvolvimento popular e democrático; e a defesa da soberania nacional, pelo fim da entrega das nossas riquezas naturais às transnacionais, a exemplo do pré-sal, são algumas dos temas centrais da Frente.
Nesse sentido, no dia 3 de outubro, momento em que haverá uma grande mobilização nacional, precisamos reunir o campo e a cidade nessa cruzada em defesa da vida. Estamos na luta pelo respeito às decisões do povo, à soberania do nosso país e aos princípios democráticos.