A Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – Condepe/Fidem divulgou os dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre deste ano. Segundo as informações a economia pernambucana acumulou no ano (de janeiro a setembro) uma redução de 2,2 % em comparação ao mesmo período em 2014. Com relação ao terceiro trimestre especificamente, houve um decréscimo de 5,6%, em relação ao mesmo trimestre de 2014. Por atividade econômica, apresentou os seguintes resultados: agropecuária (-1,5%), indústria (-8,1%), serviços (-5,3%) e impostos (-4,3%). Em valores correntes o PIB foi de R$ 37,8 bilhões.
O presidente da Agência Condepe/Fidem, Flávio Figueiredo, explicou que o resultado do PIB do 3º trimestre está dentro da perspectiva econômica que acompanha as projeções nacionais. “Estamos sentindo os efeitos da crise econômica nacional, mas estamos trabalhando para mudar este perfil econômico o mais rapidamente possível”. Ele contou ainda que apesar do cenário o Estado manteve a normalidade de seus serviços, “estamos com as contas equilibradas, com as grandes obras em andamento e mantendo os serviços em funcionamento, a exemplo das UPAS e Escolas Técnicas”. O gestor enfatizou que pode-se afirma que : “Nós vencemos 2015 e estamos preparados para 2016, onde vamos reverter a curva de comportamento da economia e entrar 2017 com a retomada dos níveis de crescimento”.
SEGMENTOS – O PIB anunciado, por atividade econômica, apresentou os seguintes resultados: agropecuária (-1,5%), indústria (-8,1%), serviços (-5,3%) e impostos (-4,3%). Em valores correntes o PIB foi de R$ 37,8 bilhões.
Com relação a agropecuária, no confronto trimestral, a lavoura permanente apresentou decréscimo de 4,8% influenciado pela queda de produção de banana, coco-da-baía e maracujá. Nas lavouras temporárias (-6,6%) destacam-se os decrescimentos na produção de milho arroz e feijão. No entanto a pecuária apresentou um crescimento de 7,1%, especialmente devido ao aumento na produção de ovos e leite.
Com relação a indústria destaca-se que a indústria de transformação registrou um decrescimento de 4,6%, influenciado, principalmente, pelo desempenho negativo dos setores de produção de outros equipamentos de transporte (pela menor produção de embarcações para transporte – inclusive plataformas); de bebidas (queda na produção de cervejas e chope); e de metalurgia destacando a menor produção de latas de ferro e aço e de alumínio para embalagem de produtos diversos, entre outros.
Já a construção civil, contabilizou um decrescimento de 9,3%, revelando o aprofundamento dos efeitos da recessão e do ajuste fiscal sobre essa atividade,que contribuiu para a descontinuidade tanto de investimentos de infraestrutura, como na construção imobiliária.
Também contribuiu para este desempenho o setor de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação,com registro de -14,3%, influenciado pela geração de energia, principalmente das termoelétricas, nesse período. Segundo Flávio Figueiredo, Pernambuco está investindo fortemente na produção de energia renovável, com a instalação de vários pólos de energia eólica e solar principalmente no Agreste e no sertão, o que vai trazer índices positivos nas próximas planilhas de PIB.
Com relação ao setor de serviços, o decrescimento foi de 5,3%, quando comparado com o mesmo trimestre de 2014. As atividades que mais impactaram neste resultado foram: comércio (-9,5%), transportes (-10,5%) e Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (-5,0%). A atividade comercial recebeu,por um lado, impacto direto do ajuste do mercado de trabalho, o que ocasionou uma retração da massa de rendimentos. Por outro lado, sofreu influência da menor confiança dos consumidores e do endividamento das famílias. Grande parte do setor de serviços, a exemplo da atividade de transportes, esta diretamente vinculada à produção de bens na agropecuária e na indústria, que registraram decréscimos significativos, citados anteriormente.