Os pequenos e médios empresários brasileiros estão mais otimistas para o quarto trimestre de 2016. É o que registra o Índice de Confiança do Pequeno e Médio Empresário (IC-PMN), ao somar 65,17 pontos, uma alta de 8% na comparação com o terceiro trimestre. A pesquisa é elaborada pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper, com apoio do Santander.
O resultado do quarto trimestre sinaliza uma melhora na avaliação em todos indicadores do IC-PMN. De acordo com Gino Olivares, professor e pesquisador do Insper, a melhora registrada pode ser explicada pela redução das incertezas sobre a condução econômica do país, bem como pelo surgimento de algumas evidências de que o pior momento da recessão teria ficado para trás, o que deixa o empresário mais confiante com relação à evolução da economia nos próximos trimestres.
Para Marcelo Aleixo, superintendente executivo de Micro, Pequenas e Médias Empresas do Santander, o setor financeiro tem um papel importante nesse momento de recuperação da confiança. ” Trabalhamos para estar cada vez mais próximos dos clientes, conhecer com profundidade seus negócios e sermos parceiros dos empresários na retomada de suas atividades, seja com serviços, investimentos ou linhas especificas de crédito”, afirma o executivo.
A expectativa em relação ao faturamento obteve a melhor avaliação do IC-PMN, ao registrar 71,16 pontos, crescimento de 9,7% diante do terceiro trimestre. A trajetória de alta também foi verificada nos questionamentos sobre lucro (10,9%, para 69,59 pontos), ramo (8,4%, para 69,51 pontos) e economia (8,3%, para 64,16 pontos).
O quesito investimento, que registrou ligeira queda na comparação do terceiro com o segundo trimestre, voltou a crescer e somou 59,83 pontos (alta de 5,3%). O item empregados obteve 56,76 pontos, aumento de 4,5%.
Na avaliação regional, o IC-PMN aponta que os empresários do Norte estão mais confiantes para o último trimestre, com 69,83 pontos, crescimento de 11,6% em relação ao terceiro trimestre. As demais regiões também apresentaram aumento na mesma base de comparação: Sul (65,83 pontos – 11,4%), Sudeste (65,11 pontos – 7,8%) e Nordeste (63,63 pontos -5,6%).
O indicador manteve-se praticamente estável no Centro-Oeste, com expansão de 0,6%. O pesquisador Gino Olivares diz que a região manteve o patamar do terceiro trimestre de 2016, quando a região obteve a maior alta em relação às demais.
Entre os setores da economia, os empresários mostraram mais otimismo em relação ao serviços, com 65,29 pontos, aumento de 9,2% na comparação com o trimestre anterior. A expectativa de crescimento também avançou para indústria (64,57 pontos – 8,1%) e o comércio (65,28 pontos), que seguiu a trajetória de alta dos meses anteriores, com um avanço de 7,3%.
Os dados do IC-PMN foram obtidos por meio de entrevistas telefônicas com 1.262 pequenos e médios empresários de todo o País, dos setores da indústria, comércio e serviços. A margem de erro do índice é de 1,4% para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.