Para uma plateia formada por professores, estudantes e profissionais da área de saúde, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, alertou para as implicações de uma possível aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) no Senado, nessa quinta-feira (24), na Universidade de Pernambuco (UPE). Segundo Humberto, a PEC pode ampliar as desigualdades e penalizar os trabalhadores.
“A PEC 55 não é apenas uma emenda constitucional. Ela vai demarcar o que vai ser o futuro do Brasil, vai dizer qual o Brasil que a gente quer. Vamos querer investir nos jovens e no desenvolvimento de pesquisas na ciência? Ou vamos construir um Brasil de privilégios, governado por poucos e para poucos?”, questionou o senador que visitou a ocupação de estudantes da UPE.
Humberto também lembrou que a medida vai na contramão do que países da Europa e até mesmo os Estados Unidos estão fazendo para sair da crise mundial. “O que Obama fez? O que a Europa está fazendo agora? Todos estão defendendo a ampliação de investimentos. Essa proposta de Temer congela em 20 anos os recursos em saúde e educação. Em vez de fazer o Brasil crescer, vai aumentar a recessão. E toda a conta vai ser jogada para os mais pobres”, afirmou.
O senador disse, ainda, que é favorável às ocupações e que a mobilização é fundamental para tentar barrar a PEC. “É fundamental ocupar todos os espaços. Temos que nos unir para tentar barrar essa proposta e criar um movimento forte. A PEC é a ponta do iceberg. Tem muita coisa para acontecer”, previu o senador.
AGENDA – Além da visita à ocupação, Humberto também participou de encontro do Conselho Municipal de Saúde também para debater a PEC. Na ocasião, o próprio Conselho publicou uma nota contra a proposta. “O governo faz uma opção política de não aumentar o tributo dos mais ricos e economizar com os pobres com a PEC55”, diz o texto. Nesta sexta-feira (25), Humberto participa de mais um ato contra a Proposta de Emenda Constitucional no Recife. O Dia Nacional de Luta reunirá militantes políticos, movimentos sociais e representantes de diversos partidos políticos, na praça do Derby, a partir das 15h, para protestar contra a PEC e denunciar a violência contra a mulher.