O empresário Eike Batista já está incluído na lista de difusão vermelha de procurados pela Interpol. A partir de agora, ele pode ser preso por qualquer força policial do país em que esteja. O pedido de inclusão do nome de Eike na lista foi feito pela Polícia Federal brasileira. Ele teve a prisão preventiva solicitada no âmbito da Operação Lava Jato, mas não foi encontrado pelos policiais. Até o fechamento desta reportagem, porém, o nome do empresário não constava no site da Interpol.
Em nota, a assessoria de Eike Batista afirmou que ele “se encontra no exterior por conta de compromissos profissionais e se apresentará em breve às autoridades”. Ressalta, ainda, que “tão logo foi informado da operação deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na data de hoje, o empresário se colocou à disposição das autoridades brasileiras”
Segundo o superintendente da Polícia Federal, Tácio Muzzi, responsável pelas ações da Lava Jato no Rio de Janeiro, há indícios de que o empresário foi para Nova York apenas com passagem de ida. Não há, porém, confirmação de que ele realmente se encontra nos Estados Unidos.
“Na primeira hora de hoje levantou-se a possibilidade de uma reserva para um voo da American Airlines, voo 974, com destino a Nova York, chegando na parte da manhã. Agora, a Polícia Federal já está em pleno contato com a Interpol, primeiro para localizar, para verificar se ele efetivamente chegou à Nova York. Essa informação não foi confirmada ainda, mas a Interpol já está verificando no âmbito da cooperação policial”, disse o superintendente.
Eike Batista já foi considerado um dos homens mais ricos do Brasil e do mundo. A pedido de prisão dele foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, assim como outros nove mandados de prisão, quatro de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão. Todos eles no Rio de Janeiro e no âmbito da Operação Eficiência, que é um desdobramento da Calicute – braço da Lava Jato no Rio.
De acordo com os advogados de defesa do empresário, ele vai se entregar “o mais rápido possível”. “Estamos em contato com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, e a intenção dele é cooperar com esses órgãos, como sempre cooperou, e retornar o mais rápido possível”, disse o advogado.