Taxa de desocupação cai e confirma otimismo com modernização trabalhista

A taxa de desocupação no Brasil caiu de 13,7% para 13% no segundo trimestre, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. O resultado, divulgado nesta quinta (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma a confiança e o clima de otimismo com a modernização trabalhista.

“Esses resultados reforçam nossa expectativa. A modernização trabalhista trouxe segurança jurídica e mais otimismo para o setor produtivo, que está voltando a acreditar no país, voltando a contratar e ajudando na retomada da geração de empregos”, comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

No segundo trimestre deste ano, a taxa de desocupação no país foi estimada em 13%, com retração em todas as grandes regiões, exceto Nordeste, com destaque para a região Norte (de 14,2 para 12,5%) e Centro-Oeste (de 12% para 10,6%). As outras taxas foram: Nordeste (de 16,3% para 15,8%), Sudeste (de 14,2% para 13,6%) e Sul (de 9,3% para 8,4%).

No entanto, Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,8%) registraram as maiores taxas de desocupação no segundo trimestre 2017 frente ao trimestre anterior, segundo a pesquisa. Em Pernambuco, a taxa passou de 17,1% para 18,8%; e em Alagoas, de 17,5% para 17,8%, nessa comparação. As menores taxas de desocupação foram registradas em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 24,1%, no primeiro trimestre para 23,8% no segundo trimestre de 2017, com a maior taxa verificada no Nordeste (34,9%) e a menor na região Sul (14,7%). Piauí (38,6%), Bahia (37,9%) e Maranhão (37,7%) são as unidades da federação que apresentam as maiores taxas compostas de subutilização da força de trabalho. E os estados onde são observadas as menores taxas são Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (13,5%) e Paraná (15,9%).

As taxas de desocupação dos grupos de pessoas de 14 a 17 anos de idade (43,0%) e de 18 a 24 anos (27,3%) apresentaram patamar superior ao estimado para a taxa média total. Desagregada por cor ou raça, a taxa de desocupação mostrou que entre as pessoas que se declararam brancas (10,3%) ficou abaixo da média nacional, porém entre pretos (15,8%) e pardos (15,1%) ficou 3,8 e 3,1 pontos percentuais acima, respectivamente.

A população ocupada, no segundo trimestre de 2017, estimada em 90,2 milhões de pessoas, era integrada por 68,0% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,6% de empregadores, 24,9% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares. Nas regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões.

Outro dado apontado pela pesquisa é que, no segundo trimestre de 2017, 75,8% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. E tanto o rendimento médio real (R$ 2.104) de todos os trabalhos quanto a massa de rendimento médio real (R$ 185,1 bilhões) ficaram estáveis no 2º trimestre de 2017.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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