Ação de enfrentamento à violação dos direitos de crianças é iniciada no Parque 18 de Maio

ATIVIDADES LÚDICAS

Uma equipe multiprofissional formada por educadores e oficineiros do Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos (SCFV), assistentes sociais e de abordagem social, iniciou nesta segunda (02), em Caruaru, uma ação permanente de enfrentamento às violências e violações dos direitos de crianças e adolescentes no Parque 18 de Maio. A ação educativa realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos passará a ser feita diariamente no local.

Durante toda a manhã, a equipe de abordagem social realizou um trabalho de Identificação de diversas situações de violações dos direitos de crianças e adolescentes como trabalho infantil, mendicância, abuso e exploração sexual, situação de rua, venda e uso de bebidas alcoólicas. Na oportunidade, os profissionais fizeram a divulgação do Espaço de Proteção que passa a ser oferecido na Casa de Cultura José. O local foi apresentado aos pais, como um ponto de apoio onde serão desenvolvidas atividades lúdicas e oficinas culturais com as crianças identificadas nas abordagens.

A Casa de Cultura José Condé foi escolhida de forma estratégica como apoio ao serviço por ser um equipamento público que oferece a estrutura necessária e estar em local privilegiado no Parque 18 de Maio, no centro de diversas feiras, entre elas a da Sulanca e a tradicional Feira de Caruaru. Além da recepção, cinco salas do espaço serão utilizadas para o serviço, sendo eles auditório, refeitório, duas salas para aulas de música (sopro e bateria), além do Espaço de Acolhimento que teve as atividades iniciadas hoje.

O objetivo é manter crianças e adolescentes em atividades que possibilitem o distanciamento de situações que representem risco ao desenvolvimento social delas e fortalecer os vínculos familiares e comunitários. De acordo com a secretária executiva de Assistência Social, Bernardeth Gondim, o espaço é um local de passagem, mas que servirá para diagnosticar cada caso. “O espaço de proteção será usado em casos excepcionais, quando uma criança for encontrada em situação de vulnerabilidade e os pais não tiverem com quem deixá-las. A primeira medida é identificar a situação dessas crianças e encaminhá-las à nossa rede de proteção”, explica.

Através do espaço, as famílias das crianças identificadas em situação de vulnerabilidade social serão cadastradas e encaminhadas à rede de proteção, onde, de acordo com a necessidade, elas possam ser direcionadas à atendimentos como creche, escola ou outro tipo de assistência social. “Achei interessante esse trabalho que nunca tinha sido feito por aqui, de tirar as crianças da feira, que é um local muito tumultuado. Espero que continue pois é uma área que precisa muito”, declarou o comerciante José Ronaldo Rodrigues.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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