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No ano passado, o Brasil apresentou um saldo positivo para as exportações do agronegócio, com crescimento de 13% em relação a 2016. Dados divulgados pelo Ministério da Agricultura apontaram que o ano de 2017 somou US$ 96,01 bilhões no número de exportações, registrando o segundo maior saldo da balança do agronegócio da história. O setor assinalou um superávit de US$ 81,86 bilhões, calculando o saldo da exportação sobre a importação. No ranking geral da venda para o mercado externo, a soja ocupou o primeiro lugar, com US$ 31,72 bilhões, seguido das carnes com US$ 15,47 bilhões e do complexo sucroalcooleiro, que registrou venda de US$ 12,23 bilhões.
De acordo com a pasta, a alta do salto comercial se deveu pelo início da recuperação de preços no mercado internacional e pelo aumento dos volumes de produtos exportados. Em Pernambuco, dois produtos alavancaram as exportações de 2017, que apresentou um valor total de US$ 352,8 milhões, com 459 quilogramas (kg) vendidos para outros países. Em primeiro lugar, as frutas registraram US$ 161,3 milhões em valor exportado e 115,3 kg em quantidade, seguido do setor sucroalcooleiro com US$ 147,4 milhões em venda e 304,1 kg.
Segundo o presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha, apesar do crescimento da exportação do açúcar em relação a 2016, os preços não foram tão atrativos. “O mercado interno não conseguiu absorver a demanda, então precisou gerar exportação. Essa venda externa foi favorecida pela relação cambial entre o dólar e o real”, explicou Cunha. Em 2016, o Estado exportou US$ 133 milhões e 287 kg.
Por sua vez, devido às duas safras que ocorreram no ano passado, as frutas apresentaram um balanço relevante. “Em 2017, houve uma safra no primeiro semestre e outra no segundo semestre. Então, como o mercado interno não estava tão atraente e aquecido devido à crise econômica enfrentada pelo País, os produtores direcionaram as atividades para exportação”, disse Jailson Lira, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR). Para o presidente da Valexport, José Gualberto, houve uma maturação de pomares no Estado. “Mesmo com a crise hídrica, teve um clima de efetivação nos negócios de exportação das frutas”, avaliou.