Preocupada com o aumento dos alimentos, acompanhado do alto índice de pernambucanos na linha da pobreza – atualmente, metade da população do estado está nesse nível, a vereadora Aline Nascimento apresentou um requerimento que prevê um programa de segurança alimentar para as pessoas em situação de vulnerabilidade.
O documento, apresentado na última semana, sugere a criação, pelo poder executivo municipal, de mercados sociais que atendam a população carente. A fim de diminuir os danos causados pela inflação, o mercado social funciona com alimentos e itens de higiene pessoal com preços diferenciados dos encontrados nos supermercados comuns.
“É urgente a necessidade de assegurarmos que as pessoas em situação de vulnerabilidade tenham garantido o direito à alimentação, bem como ao acesso à higiene pessoal. É o mínimo para garantir condições de dignidade a essas pessoas”, reforça Aline.
Além da criação de espaços com essa finalidade, o documento sugere parcerias com estabelecimentos comerciais acordadas através da prefeitura, podendo oferecer benefícios tributários como contrapartida.
“O intuito do programa deverá ser atender famílias que tenham renda mensal bruta de até um salário mínimo ou renda mensal máxima designada por estudo social realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos”, explica.
Dados sobre a pobreza – Segundo estudo da FGV Social, mais da metade dos habitantes de Pernambuco está em condição de pobreza, o equivalente a 50,32% da população. O Agreste alcançou recorde de pobreza e é, hoje, a região mais pobre, com 59,62% dos habitantes vivendo nessas condições.