Estimular o empreendedorismo e a inovação entre universitários por meio do modelo de startups: esse é o objetivo do Renault Experience. Neste ano, a edição recebeu 323 inscrições de todo o Brasil. Destes, apenas 3 iniciativas foram selecionadas para a receber mentoria exclusiva e aporte de R$ 30 mil para desenvolver uma ideia inovadora que ajude a melhorar as condições de segurança no trânsito brasileiro. E a Uninter está dentro: o grupo SENSCAR, formado por estudantes do curso de Relações Internacionais, divide o pódio com grupo da USP e a Federal do Espírito Santo.
De acordo com a Diretora da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança da Uninter, prof.ª Drª Débora Veneral, a vitória dos estudantes comprova mais uma vez o empenho da instituição em promover a interdisciplinaridade e apoio ao potencial criativo de seus alunos. “São alunos que contrariam a expectativa: não são da área de Engenharia e mesmo assim conseguiram desenvolver um produto de alto impacto, e isso é empreender”, explica. Para conseguir realiza-lo, o grupo contou com o suporte de mentores da Uninter de todas as áreas do conhecimento. “A Uninter disponibilizou um grande time de professores, cada um com sua especialidade, para orientá-los na construção do produto e criação do modelo de negócio”, completa Débora.
Agora, com o desenvolvimento do projeto SENSCAR oferecido pelos estudantes da Uninter, motoristas alcoolizados não conseguirão mais dar a partida no motor do carro. Por meio de aparelho de alta sensibilidade para detecção de álcool, o sensor criado capta se houve ingestão de bebida alcoólica pela respiração do motorista. Caso o sensor reaja positivamente, o carro trava e fica impedido de se movimentar. “Impedimos que o condutor coloque sua vida e de outras pessoas em perigo”, explica Jean Pierre.
Empreendedorismo universitário
A principal dificuldade do grupo durante a criação do protótipo foi conseguir diminuir o custo de produção do sensor. “No começo, avaliamos em R$ 500/unidade, considerando lucro próximo a zero para nós, o que tornava inviável”, relembra Carlos Cunha. Com ajuda dos professores da Uninter, foi possível repensar o plano de negócio. “Eles precisaram se adaptar aos novos modelos de negócio: criamos uma forma de venda em comodato; após dois anos o sensor se torna propriedade do cliente”, explica Daniel Cavagnari, coordenador do curso de Gestão Financeira.
Assim, quando prontos, os clientes poderão comprar o produto e pagar em forma de mensalidade, com baixo valor de mercado. “Ficará em torno de 59 reais por mês; um valor que viabiliza o projeto e paga pela prestação de serviço e monitoramento do condutor”, completa Cavagnari. De acordo com Jean Pierre, integrante do SENSCAR, o primeiro investimento com o aporte recebido será a compra da patente do produto. Vamos estudar mercados no Brasil e exterior para iniciar nossa produção”, explica Jean Pierre.