Principal alvo da Operação Fundo no Poço, realizada nesta quarta-feira pela Polícia Federal, Eurípedes Júnior já é considerado foragido. Presidente do Solidariedade e que também foi dirigente do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), o político Eurípedes Júnior teria conhecimento do mandado de prisão, mas está em local incerto. Ele é investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
De acordo com a PF, a apuração teve início a partir de denúncia sobre o desvio de aproximadamente R$ 36 milhões. Segundo as investigações, foi identificado, por meio de Relatórios de Inteligência Financeira e da análise de prestações de contas de supostos candidatos, indícios que apontam para existência de uma organização criminosa estruturalmente ordenada com o objetivo de desviar e se apropriar de recursos dos fundos Partidário e eleitoral.
O inquérito apontou que o grupo utilizava candidaturas laranjas ao redor do país, de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido.
Nesta manhã, estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 45 mandados de busca e apreensão em dois estados (GO e SP) e no DF, bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis, deferidos pela Justiça Eleitoral do Distritro Federal.
O principal alvo de mandado de prisão preventiva é Júnior, atualmente presidente do Solidariedade, mas que na época chefiava o PROS. Na lista dos mandados de prisão também há outros ex-dirigentes e ex-candidatos da sigla nas eleições de 2022, como Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira, e Alessandro, conhecido como Sandro do PROS, que foi candidado a deputado federal. Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital, foi alvo de um mandado de busca e apreensão.
O Globo