O secretário de Saúde de Bezerros, Anderson Torreão, participou de uma reunião na IV Gerência Regional de Saúde para debater os problemas a cerca da Saúde em Pernambuco. O momento foi de pôr em pauta as dificuldades encontradas no atual sistema público com ênfase nas unidades de saúde, suas estruturas e projetos de melhoramentos.
Entre os assuntos discutiu-se a falta de investimento no programa Rede Cegonha, criado pelo Governo Federal com a finalidade de ampliar os serviços de partos nas redes públicas e privadas, Torreão explicou que embora os esforços locais para isso se concretizar fossem reais, ainda não se alcançou o objetivo do programa. “Não houve investimentos significativos na nossa região (IV Gerência Regional de Saúde – GERES), apesar de os Prefeitos e Secretários de Saúde terem estabelecido uma pactuação regional para aderir ao programa, formalizando tal adesão junto à Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde”, disse.
A cidade de Bezerros que compõe a VII Microrregião da IV GERES, é composta por mais seis municípios: Gravatá, São Joaquim do Monte, Sairé, Camocim de São Félix, Barra de Guabiraba e Bonito. Nessa região a previsão é de que houvesse cerca de três novos Centros de Parto Normal, o que seriam suficientes para garantir quase que a totalidade dos partos oriundos desses municípios. Bezerros, por estar localizada em uma área central, está entre as cidades que receberá os investimentos, mas desde que o pacto da Rede Cegonha foi proposto, o Ministério da Saúde não enviou os recursos necessários.
Durante a reunião que envolveu 32 secretários e gestores municipais da IV Geres, Promotores de Justiça das respectivas comarcas e a Secretaria Estadual de Saúde, foi debatido possíveis soluções para amenizar esse problema.
Em relação a Bezerros, o secretário disse que os recursos foram administrados da melhor maneira para manter os serviços em pleno funcionamento. ” Bezerros é um dos municípios que tem procurado dar resposta a essas questões, sendo que cerca de metade das mulheres de Bezerros que tiveram bebês em 2014 nasceram nos hospitais daqui. É importante também ressaltar que nossa Unidade Mista São José é um hospital de pequeno porte, e tem uma estrutura que remonta à década de 1950, possuindo uma infraestrutura predial defasada e desconectada das principais necessidades da moderna medicina”.
Anderson ainda ressaltou que embora a crise afete o sistema de uma forma geral, o Estado tem feito sua parte e a reforma da Unidade Mista e ampliação para uma unidade regional de parto está garantida. “Bezerros enviou uma proposta de reforma e ampliação para a Secretaria Estadual de Saúde, sendo tal pleito atendido de imediato para que pudéssemos contar com recursos que nos ajudarão a modernizar a estrutura da unidade. O projeto completo das novas instalações da Unidade Mista São José engloba a construção de uma UPA 24h (com recursos do Governo Federal e Municipal) e um Hospital e Maternidade microrregional (com recursos Federal, Estadual e Municipal), que contemplará cerca de 60 leitos, além de um Centro de Parto Normal intra-hospitalar”, disse.
A UPA está com 90% da obra pronta e assim que estiver terminada será dado início a reforma da Unidade Mista. A previsão é de que isso ocorra em janeiro de 2016.