O pré-candidato ao Senado e presidente estadual do PSD, André de Paula, deve anunciar na próxima semana o nome que vai apoiar para a disputa ao governo do estado nas eleições deste ano, após romper com o pré-candidato Danilo Cabral (PSB). O anúncio será feito em coletiva de imprensa que deve ocorrer na sede do partido da candidata ou candidato apoiado pelo Social Democrata. A expectativa é de que André de Paula caminhe com Marília Arraes (SD). “Ele vai estar com o/a candidato/a que vota com Lula”, adiantou uma fonte próxima ao parlamentar que também destacou ser “zero” as chances de negociações com a Frente Popular.
Apesar de ainda não ter oficializado a saída do PSD da Frente Popular, uma fonte próxima ao parlamentar disse que tudo se encaminha para isso. “Nunca vi André de Paula engatar uma marcha ré, tudo o que ele diz é pensado, pesado e analisado, então acredito que a possibilidade de Frente Popular é zero”, comentou. Sendo assim, ficam abertos os caminhos que levam à chapa de Marília Arraes, onde o pessedista deve ocupar a tão cobiçada vaga ao Senado.
“Se ele não estiver na Frente Popular, vai estar com um candidato que explicitamente vota com Lula”, continuou a fonte em reserva. O que confirma a tese de apoio a ex-petista, tendo em vista que dos pré-candidatos que André de Paula tem dialogado, após romper com a Frente, apenas Marília Arraes anunciou apoio à candidatura do ex-presidente Lula.
Frente
Antes tido como o preferido pelo governador Paulo Câmara (PSB) para a vaga ao Senado na chapa da Frente Popular, André de Paula viu suas chances ruírem após o PT reivindicar o espaço e oficializar o nome da deputada estadual Teresa Leitão (PT) como pré-candidata à Casa Alta. Além de ter a seu favor o gesto de retirada do nome do senador Humberto Costa da disputa pelo governo do estado em prol da candidatura de Danilo Cabral, o PT também queria que a chapa majoritária tivesse “a cara de Lula”, já que o PSB havia firmado apoio ao pré-candidato à presidência.
Com o nome de André de Paula essa reivindicação não conseguiria ser contemplada por causa do seu histórico político. O deputado federal é conhecido pelo alinhamento a algumas pautas defendidas pelo governo federal de Jair Bolsonaro e por ter votado a favor do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016. Pontos que fizeram aumentar a pressão do PT contra a sua pré-candidatura, resultando na retirada do parlamentar da vaga ao Senado.
Diario de Pernambuco