Neste domingo (22) a Argentina votará para eleger a sucessão de Cristina Kirchner, o oficialistaDaniel Scioli ou o conservador Mauricio Macri, após uma longa e surpreendente campanha eleitoral.
As urnas abrem às 8h do horário local (9h, pelo horário de Brasília). Os primeiros resultados devem começar a serem divulgados às 19h30 locais (20h30 em Brasília) e , por volta das 22h (23h em Brasília) a contagem dos votos deverá estar na metade, segundo o diretor nacional eleitoral.
No primeiro turno, Scioli conseguiu mais votos, com 37% do total, e levou vantagem sobre Macri, prefeito em fim de mandato de Buenos Aires, com 34,1%. O resultado derrubou todas as pesquisas que apontavam uma diferença de 8 pontos entre os candidatos.
Durante a acirrada campanha para o segundo turno, em que ambos trabalharam para captar o voto dos indecisos, o candidato opositor abriu vantagem e passou a liderar as pesquisas.
A chapa de oposição, liderada por Macri e Gabriela Michetti, conseguiria –contabilizando os votos indecisos– 52% dos votos, de acordo com a pesquisa realizada pela consultoria Management & Fit publicada no último sábado pelo jornal “Clarín”.
O candidato oficial Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires, e seu companheiro de chapa Carlos Zannini, obteriam 43,7%, incluindo a projeção de eleitores indecisos, disse a consultoria em sua pesquisa.
Se Macri conquistar a presidência, será a primeira vez, desde que se instituiu o voto, em 1916, da vitória de um candidato civil que não pertence nem ao partido peronista nem ao radical socialdemocrata, as duas grandes forças populares, em 100 anos de vida política na Argentina.
Os dois candidatos têm origens familiares semelhantes, são da mesma geração e alegam ser bons amigos, mas defendem modelos de país diferentes em temas fundamentais para a sociedade argentina.