Diario de Pernambuco
Cerca de 10 expositores da 19º Edição da Fenearte, no Centro de Convenções, em Olinda, foram surpreendidos ao chegarem na manhã deste domingo (8) para trabalhar e encontraram seus estandes furtados e outros completamente revirados. Os artesãos reclamaram da falta de segurança do local e do prejuízo causado com o roubo de algumas peças e subtração em dinheiro. Os artesãos registram tudo em foto e vídeo como prova de como encontraram os estandes revirados.
Uma das prejudicadas com a invasão de seu estande foi a artesã Aurinha Félix que comercializa acessórios étnicos confeccionados com tecidos africanos (colares, brincos e bolsas). Seu estande fica entre as ruas 8 e 9 da feira. Sua filha, a administradora de empresa Luciana Félix contou que ao chegar no local encontrou tudo revirado. Essa é a segunda vez que a família Félix expõe na Feneart. No ano passado elas colocaram as peças no estande da Secretaria estadual da Mulher.
“Quando cheguei estava tudo remexido. A gente tinha duas maquinetas de pagamento e uma delas foi levada. Sentimos de imediato a falta de cerca de 100 pares de brincos. Eles variam de R$ 15 a R$ 35,00. O prejuízo foi grande pois as peças são exclusivas e estávamos trabalhando na produção desde fevereiro”, contou Luciana.
Após o fechamento da feira, os estandes são protegidos com tecidos e fechados com pegadores. Segundo os artesãos, eles ficavam tranquilos porque nunca aconteceu isso antes e existe segurança paga no local 24 horas por dia. O artesão Gilvan Guilherme da Silva, conhecido como Gilvan da Burrinha, comentou que participou da primeira a décima edição da feira e ao voltar a expor esse ano foi surpreendido com o problema que até então não tinha enfrentado. “Entraram, mexeram, mas não levaram nada”, explicou.
Amigo de Gilvan da Burrinha, o artista plástico Edemberg Soares, ressaltou que problemas como esse não podem acontecer, pois a feira atrai artesãos de todo o país e também do exterior, além de milhares de visitantes. “Infelizmente os artesãos pagam para ter a segurança e não têm”, criticou.
A artesã Sandra Brayner trabalha com cartonagem e encadernação artesanal. Ela conta que mexeram no armário de seu estande e levaram cerda de R$ 40, 00. Já a artesã Tainá Carvalho, que atua com papelaria, disse que foi não sabia ainda quanto em dinheiro havia sido levado do estande. Alguns artesãos registraram Boletim de Ocorrência (B.O) na delegacia instalada no local.
Os organizadores da feira informaram que estão analisando o caso. De acordo com eles, a empresa privada contratada para fazer a segurança interna do evento está verificando as gravações de câmaras do Centro de Convenções onde os furtos ocorreram.