Artigo: A nossa bandeira , Caruaru e o Prêmio nacional 

“A nossa Bandeira, Caruaru e o Prêmio Nacional” por Leo Bulhões. 
  
Busquei a descrição da bandeira de caruaru e resumi assim: 
Tem fundo tricolor (verde, branco e vermelho), sendo o verde-esmeralda um agradecimento à fertilidade da terra, o branco, uma celebração da paz, e o vermelho, um símbolo da coragem do seu povo. O escudo, que fica ao centro, é repleto de simbolismo. O triângulo em azul representa a lealdade do povo, com o sol significando majestade, abundância e riqueza da terra. A faixa em amarelo fala da nobreza, com uma cruz em vermelho, símbolo da fé cristã. Abaixo, o triângulo em vermelho, cor da coragem e destemor, traz um ramo de avelozes, em homenagem ao fundador José Rodrigues de Jesus. Em cima, uma coroa de fortalezas lembra as lutas pelo progresso e soberania da cidade que lhe renderam a fama de “Princesa do Agreste”.
As datas, abaixo do escudo, referem-se à criação do município em 1848 e a da elevação à categoria de cidade em 1857. Ladeando, um ramo de louro, lembra as vitoriosas batalhas travadas pelo desenvolvimento econômico da cidade.

É, de fato, uma belíssima bandeira! 

Mas e daí? Daí que a história começa agora.

No início do mês de dezembro de 2015, recebemos a notícia de que a Prefeitura de Caruaru, através do Gabinete Digital Caruaru, havia recebido o maior prêmio de direitos humanos do país! 

O prefeito Queiroz, generoso, pois poderia ele ter ido receber o prêmio, decidiu que eu iria no seu lugar representando ele e a nossa gestão, pois, foi na nossa Secretaria de Participação Social que o embrião do projeto nasceu, através de nossas ferramentas de ação. Numa “Roda de Diálogo” surgiu a intenção e com a equipe do Gabinete Digital a ideia da enquete para escolha do artista que seria acompanhado pela tradução em libras apareceu.  

Ao chegar na Secretaria de Participação Social e comentar com alegria mais essa notícia, Daniel Finizola, gerente de participação digital e responsável pelo gabinete digital comenta: “Leo, nos represente, mas tem uma coisa que você não pode esquecer de levar: A bandeira de Caruaru!”. Logo pedi a Paula Vasconcelos, minha secretária de gabinete para providenciar a bandeira e através do gabinete do prefeito conseguimos o pavilhão! Mostrei a Daniel e disse: “Está aqui a nossa bandeira. Vou abrir na frente da Presidenta da República!”. 

E Finizola reforçou: “Essa bandeira representa muito pro cidadão de Caruaru, Leo. Leve essa bandeira e nos represente! Tenho certeza que ao ver essa bandeira as pessoas vão se sentir como se estivessem lá contigo recebendo o prêmio também”, concluiu.

Senti o peso da responsabilidade e guardei essa bandeira com muito cuidado, assim que cheguei em casa. 

Pra receber o prêmio, até então, só poderia uma pessoa se dirigir até a Presidenta Dilma e aos Ministros de Estado e demais autoridades. Foi quando recebi um e-mail um dia e meio antes de viajar, onde o pessoal do Governo Federal anunciava que poderíamos levar até quatro pessoas pra receber o prêmio e pensei instantaneamente em duas pessoas: Daniel Finizola, que deveria ele abrir a bandeira que tanto questão fez que eu levasse e que foi o coordenador do projeto vencedor, além de Álvaro Ferreira, o protagonista dos shows onde ele traduzia para libras o que os e as artistas cantavam no palco principal do maior e melhor são joão do mundo! 

E assim aconteceu. 

No dia, todos muito nervosos e honrados em receber tamanha honraria, o Selo Nacional de Acessibilidade. Ao sermos chamados, nos dirigimos até a Presidenta, cumprimentei-a com a bandeira no ombro e esperei Daniel Finizola terminar os cumprimentos e abrimos a bandeira com Dilma. E ela perguntou: “Que bandeira é essa?, eu disse: “É nossa bandeira de Caruaru, Presidenta!”, ela feliz disse olhando para o auditório lotado, “Minha gente, é de Caruaru!”, num ar de felicidade. Melhor foi a resposta do público com aquele sonoro: “ooooooooh!” seguido de aplausos. 

A bandeira traduziu, naquele momento, o sentimento de um povo, guerreiro, que acorda cedo pra trabalhar e que transformou essa cidade. Caruaru pulsa acelerada pela força de sua gente, cresce absurdamente contrariando a crise mundial! Naquele momento eu percebi que tudo que construímos tinha valido cada segundo de trabalho, cada noite mal dormida e cada ação realizada ampliando o diálogo e incluindo uma parcela significativa da população nos espaços de decisão. 

Pouco mais de um minuto. E imortalizamos uma imagem. Levamos com a gente o orgulho de tudo que construímos. E mostramos a Presidenta que no interior, no agreste de Pernambuco, tem um povo e um governo que aprenderam que dialogar é a melhor maneira de crescer, e assim, chegar no ponto mais alto, onde é possível levantar os braços, erguer uma bandeira e mostrar pra pessoa mais importante do país que nós juntos podemos mais!

Salve Caruaru, sua bandeira e as conquistas de ontem e de hoje!

Léo Bulhões é secretário de Participação Social

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

One thought on “Artigo: A nossa bandeira , Caruaru e o Prêmio nacional 

  1. Eliedson Bandeira says:

    A presidente Dilma conhece bem nossa cidade e a pungência de nossa Economia (apesar da “crise”). Quanto à bandeira, é uma das mais feias que já vi.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *