Por Milton Rui Jaworski
O impacto que o coronavírus está trazendo para a economia mundial é do conhecimento de todos. A recessão econômica mundial não é uma perspectiva. É uma realidade. Mas o empresário, seja pequeno, médio ou grande, não quer saber dos números macroeconômicos e sim da realidade de sua empresa, dos seus números.
A esmagadora maioria das empresas não suporta uma perda de 30% de vendas. É prejuízo certo. E com exceção daquelas que comercializam gêneros alimentícios e de higiene e limpeza, as demais já estão sendo duramente afetadas. Algumas, como lojas de shopping, restaurantes, bares, pontos turísticos, simplesmente serão temporariamente fechadas, ou seja, zero de receita no período.
Identificamos, nesse cenário, dois problemas sérios:
1 – Custos Fixos: são aqueles custos, que, independentemente de a empresa ter receita ou não, ele existe. Exemplos: folha de pagamento, encargos, aluguel, energia, telefone, honorários contábeis, entre inúmeros outros. Nesse caso não existe uma alternativa que não seja a negociação. Não recomendamos que o empresário queime as suas reservas. Negocie, protele.
2 – Pagamentos de fornecedores e financiamentos: é provável que a empresa tenha dificuldades em receber dos seus clientes, além de deixar de realizar a venda à vista, e, portanto, terá dificuldade para pagar os seus credores. Mais uma vez, a saída é a negociação e a preservação das reservas, afinal, sempre pode piorar.
Todos estão no mesmo barco. A turbulência é igual para todos e a perda é certa. Resta manter a calma e ser racional. Estima-se que esse grande problema dure de 30 a 60 dias. Ele pode demorar, mas vai acabar. E quando acabar, é hora de o empresário rever os seus conceitos, identificar os seus pontos fracos e definir uma estratégia vencedora, mas com os pés no chão. Dessa forma, ele vai se recuperar de maneira mais rápida e eficiente.