Por Dora Ramos
É muito comum ouvirmos de especialistas e até mesmo dos próprios casais que o dinheiro – ou a falta dele – sempre foi um dos principais motivadores de divórcios e separações. Eu, sinceramente, não tenho como afirmar isso, mas defendo que a saúde financeira sempre está diretamente ligada a uma vida feliz, independentemente do estado civil em que a pessoa se encontra.
Na verdade, não existe uma forma pronta, que possa se encaixar em qualquer relacionamento, porém um fator é essencial: falar sobre dinheiro. Esse é um tabu presente em muitos casamentos de décadas, e precisa ser derrubado. O casal precisa se sentar para conversar e definir como gerir as contas. É preciso colocar na ponta do lápis ou em uma planilha as despesas comuns, como gastos certos de todo mês, prestações do cartão de crédito, financiamento de bens maiores (geladeira, televisão, carro, casa etc.), possibilidades de poupança e preços de coisas menos essenciais, como viagens e presentes em épocas de festas.
Depois de relacionar todas as despesas, o casal deve pôr na ponta do lápis os salários, a fim de determinar qual a contribuição de cada um para as contas, seja em valores brutos ou em percentual. No caso de profissionais liberais, isso pode variar de mês em mês, no entanto o planejamento conjunto e o diálogo também podem evitar surpresas desagradáveis e, consequentemente, brigas.
Outra discussão muito presente é a opção por uma conta e um cartão de crédito conjuntos. E a dica também é semelhante: é necessária muita conversa para definir se a melhor alternativa é uma conta para os dois, uma para cada ou contas individuais e outra para o casal. Não há uma regra, mas é necessário saber quão desconfortáveis os dois se sentem ao compartilhar as informações de seus gastos.
Contar com a ajuda e a confiança do parceiro, abrir mão de gastos desnecessários, dividir as despesas de forma justa e, acima de tudo, conversar são fatores que garantem um orçamento planejado. E, ao menos no ponto de vista financeiro, uma vida saudável ao casal.