Por Sílvio Costa
A permanência de Michel Temer na Presidência da República é o maior ataque à ética política da história do Brasil. Um absurdo sem precedentes. É óbvia essa constatação quando assistimos a nossa democracia ser torpedeada sucessivamente e sem pudores pelos mais espúrios acordos e as mais impatrióticas conspirações de uma maioria de políticos indecentes que se une para tramar a autoproteção a seus crimes.
Políticos cujas tramas agridem, insultam e afrontam o povo brasileiro de uma forma que jamais ocorreu em mais de 500 anos do Brasil. Parte do PMDB e do PSDB elabora um plano para salvar Michel Temer e Aécio Neves. Uma mão suja lava a outra mão suja e as duas limpam os pés de porcelana sujos. O PSDB tentará salvar Temer de um processo no STF e o PMDB tentará salvar Aécio de um processo no Conselho de Ética do Senado Federal.
Este é o Brasil que eles pretendem levar até 2018. O povo brasileiro não pode permitir esse pacto indecente. Precisamos ir às ruas com firmeza, serenidade e altivez.
A maioria daqueles que insistem na permanência de Michel Temer na presidência é cúmplice da impunidade e parceira da corrupção que aflige o País. A rigor essa maioria está consagrando a corrupção em nosso País.
Essa artimanha para salvar Temer e Aécio representa a defesa da “velha política do rouba, mas faz”. Na cabeça desses aliados para uma “ação entre amigos”, as reformas propostas pelo governo Michel Temer estão acima da ética e da moralidade pública. Pelas reformas, vale tudo. Vale não responder às perguntas da Polícia Federal; vale colocar a Abin para bisbilhotar o ministro do STF, Edson Fachin; vale agredir ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot; vale tudo para unir forças e salvar Temer e Aécio. Vale, inclusive, usar a máquina pública para comprar votos na Câmara Federal e vale trabalhar juntos pelo fim da Operação Lava Jato.