ARTIGO — Semana Santa x São João

Por Maurício Assuero

Um dos momentos turísticos mais preponderantes para o agreste pernambucano é a Semana Santa. O Outro é o São João. A cidade de Caruaru está no ponto focal de um e no eixo de abrangência do outro. Embora a crise seja um limitador de sonhos e ações, cada cidade deve estar preparada para atender a demanda de pessoas que se deslocam para participar de tais eventos. E eles são fundamentais porque são os dois maiores do primeiro semestre e no segundo semestre ainda não temos algo que traga um apelo e um envolvimento de pessoas similar.

Caruaru tem recursos amplos de atendimento ao turismo, começando pela gastronomia. E não se fala apenas da quantidade de opções disponíveis de bares e restaurantes, mas da qualidade da qualidade da comida com ou sem o apelo de ser exclusivamente nordestina. Aliado a isso, destaca-se, também, a qualidade de hotéis e pousadas, que colocam à disposição do cliente um café da manhã capaz de nos levar, sem fome, até às 15 horas. Seguramente é o momento de aumentarmos a renda.

A forma de gerar renda passa pelo fornecimento de serviços relacionados ou não com a Semana Santa. Não importa o conteúdo, importa o fim. Na verdade, o que vale mesmo é atrair o turista indo ou vindo de Fazenda Nova, mediante uma programação voltada para ocupar horas ociosas e determinada suficientemente para que o turista não esqueça e indique a outros e/ou volte o ano que vem.

Certamente, dois dados novos precisam ser considerados: o primeiro é que a crise serve como um limitador para obtenção de patrocínio junto a iniciativa privada e, o segundo, é o contingenciamento de gastos públicos provocado pela perda de arrecadação e pela redução de repasses governamentais. Assim, o esforço do município precisa ser bem pensado porque precisa gerar retorno no curto prazo.

Outro detalhe importante para a cidade é que mal terminará a Semana Santa e já se começa a respiração pelo São João que, tradicionalmente, ocupa o mês inteiro de junho. Sabemos o quão Caruaru tem representatividade e esperamos que isso se reverta em benefícios no curto prazo. De resto, há que se pensar o semestre seguinte. Caruaru, dado a sua estrutura poderia trabalhar mais a ideia de turismo de negócios e sediar eventos como feiras, congressos, por exemplo, permitindo que a cidade externasse suas potencialidades, inclusive no setor industrial, visto que este polo precisa de uma identidade tão forte quanto o polo têxtil.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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