A incapacidade funcional ocasionada pela inflamação nas articulações tem atingido grande parte da população brasileira. Conhecida como artrose, essa doença acontece devido ao desgaste na cartilagem entre os ossos, o que provoca aumento da fricção entre as regiões e leva à inflamação no local e dor.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de mais de um bilhão de pessoas sofrem de artrose nas suas mais diversas formas e as ciências da saúde se desdobram para encontrar formas de minimizar seus efeitos. Essa doença nada mais é do que a inflamação crônica da articulação, que age danificando a cartilagem condral, que é o tecido de revestimento do osso quando o mesmo se articula com outro.
Segundo o ortopedista, Dr. Rui Eduardo, é preciso entender que as forças resultantes do encontro entre os ossos são magníficas e qualquer distúrbio por mínimo que seja tem efeito importante na articulação. “Ela pode iniciar-se ainda na juventude quando é resultado de doenças reumáticas ou resultante de deformidades articulares congênitas ou causadas por traumas”, explica.
A dor na hora de realizar movimentos é a principal queixa dos pacientes que apresentam artrose, seguida da rigidez de alguns membros. O inchaço, o rangido nos movimentos, a dor na articulação que piora no fim do dia, a imobilidade, e os formigamentos são alguns dos sintomas da doença e seus sintomas dependem da localização dos desgastes. “Se for artrose na coluna, pode haver dor na lombar ou pescoço, nas mãos há nódulos duros e nos joelhos pode gerar a aparência genu valgo, em que há aproximação do meio das pernas e afastamento dos pés”, comenta.
Um das maiores complicações da artrose é a limitação de movimentos. Quando há artrose nas mãos, o paciente pode apresentar dificuldade para mexer os dedos e realizar simples movimentos, como escrever ou segurar objetos. Quando há nos joelhos, a capacidade de andar é diretamente afetada, uma vez que o paciente não possuirá a mesma articulação para executar passos e se sentar.
Ainda de acordo com Dr. Rui Eduardo, a artrose não tem cura. Felizmente, a doença pode ser controlada com medicamentos e procedimentos cirúrgicos que amenizam e retardam os sintomas. “Quando a doença for detectada, é recomendado que o paciente deve procurar um ortopedista para avaliar a gravidade do caso e receber o diagnóstico correto a fim de evitar complicações”, alerta.