Caruaru está festejando os dias que antecedem o carnaval com diversas intervenções culturais espalhadas pela cidade. O período de momo no município iniciou com o “Baile Municipal”, realizado no último sábado (16), como parte da programação do “Carnaval Caruaru Cultural 2019”. Diante de tantos festejos, a Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Políticas para Mulheres, promoveu no último dia 21 uma oficina de frevo para o público feminino aprender o passo e cair na folia.
A aula foi promovida na sede da SPM para as usuárias atendidas pelos serviços da secretaria, oficinas e grupos terapêuticos, mas também foi voltada para a mulherada em geral que se juntou ao grupo para se divertir e dançar o ritmo pernambucano. “É de muita importância promover ações como esta, fortalecendo a valorização da cultura pernambucana através do frevo, inserindo as mulheres nessa cultura. Faz parte das nossas discussões a promoção da qualidade de vida para as mulheres, já que a autoestima está ligada ao empoderamento da mulher, que muitas vezes, é criada para cuidar apenas do marido e dos filhos”, frisou a secretária da SPM, Juliana Gouveia.
Dona Maria Petronila da Silva, de 62 anos, entrou no ritmo, sem a menor cerimônia. “Eu adoro diversão, e desde pequena sou assim, tenho mais animação do que gente nova, não é a idade que vai me segurar. Eu aprendi hoje a fazer o passo da tesoura. Não fui muito bem, mas o importante é que eu pude me divertir. Quando eu não puder mais dançar, vou ficar só balançando os braços”, declarou.
Para Sonala Zandonai, de Bento Gonçalves – RS, foi um desafio o primeiro contato com o ritmo pernambucano, mas, ela topou participar a convite da amiga. “É difícil, mas muito alegre o frevo. Não aprendi o passo da tesoura, mas deu para aprender alguma coisa. Eu estou de passagem por Pernambuco para o carnaval e foi uma experiência muito legal fazer essa aula, e quando a minha amiga me falou que era exclusiva para mulheres, fiquei mais ainda animada para vir”, destacou.
O instrutor Manuel Araújo, mais conhecido como “Manuelzinho”, coreógrafo do Grupo de Dança e Expressão Popular Flor e Barro, de Caruaru, foi o condutor da aula. Para ele, a troca de experiências é o que vai levar de recordação desse momento vivenciado. “Foi muito importante, prazeroso e gratificante poder proporcionar esse momento para essas mulheres maravilhosas e empoderadas. Para mim foi mais uma experiência nova para a minha vivência cultural”, comentou Manuelzinho.
