A ansiedade tem se tornado uma das questões de saúde mental mais debatidas no século XXI. O ritmo acelerado da vida moderna, o excesso de informações e as crescentes exigências sociais e profissionais têm contribuído para o aumento significativo dos casos de ansiedade em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 260 milhões de pessoas convivem com transtornos de ansiedade, tornando essa condição uma das mais comuns da atualidade.
A ansiedade é uma resposta natural do corpo a situações de estresse ou perigo iminente. No entanto, quando os sintomas se tornam excessivos, constantes ou desproporcionais ao contexto, pode ser um sinal de um transtorno de ansiedade, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Síndrome do Pânico ou fobias específicas.
A psicóloga credenciada ao Cartão São Gabriel, Andrezza Matias, explica os principais sinais que podem indicar a presença de um transtorno de ansiedade e compartilha dicas eficazes para lidar com os sintomas no momento em que eles surgem. Além disso, ela destaca a importância do autoconhecimento e do cuidado diário. “Os sintomas de ansiedade podem ser variados e, quando constantes, comprometem o estado emocional, levando ao adoecimento psicológico. Entre os sinais mais comuns estão: falta de ar, tontura, náusea, vômito, sudorese, frequência cardíaca acelerada, ondas de calor ou frio, irritabilidade, insônia, alterações no apetite, taquicardia e tensão muscular. Buscar conhecer e desenvolver suas habilidades ajuda no reconhecimento da sua melhor versão, respeitando suas limitações. Além disso, manter uma alimentação equilibrada, dormir bem, ter momentos de pausa para cuidar de si e praticar atividades físicas são ações que podem reduzir o estresse, aumentar a energia e melhorar a regulação emocional. Essas práticas incentivam a autorresponsabilização no cuidado da saúde física e mental”, orienta a especialista.
O Brasil lidera os índices globais de transtornos de ansiedade, com mais de 18 milhões de brasileiros afetados, quadro agravado pela pandemia de COVID-19. Os principais sintomas incluem preocupação excessiva, insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração e manifestações físicas, como tensão muscular e taquicardia.
A psicóloga Andrezza também destaca a importância da terapia no tratamento desses casos. “A terapia auxilia o paciente a compreender os conflitos que geram ansiedade, permitindo ressignificar situações desconfortáveis e construir estratégias de enfrentamento mais eficazes. Existem diferentes abordagens terapêuticas, e é essencial identificar a mais adequada para cada paciente. Em casos mais graves, o acompanhamento psiquiátrico pode ser necessário como parte do tratamento”, finaliza.