Praticar atividade física e ter uma alimentação saudável são hábitos que devem ser seguidos para ter uma saúde de dar inveja. O que nem todos sabem é que algumas práticas além dessas, podem interferir no desempenho do coração.
Segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), só no Brasil, as doenças cardiovasculares matam em média 300 mil pessoas por ano, alcançando uma morte a cada dois minutos. Entre as doenças que mais matam estão o infarto agudo do miocárdio, morte súbita, doença vascular cerebral (AVC) e a doença vascular periférica.
Para esclarecer algumas formas que podem contribuir para a redução nos riscos de desenvolver algum tipo de doença cardiovascular, o cardiologista Diego Garcia lista os hábitos que podem fazer bem ao coração.
Pratique atividade física regularmente
A prática regular de atividades físicas são medidas importantes que devem ter um cuidado. O ideal é reservar 150 minutos por semana e com frequência mínima de 2 a 3 vezes por semana. “Isso porque além de ajudar nas condições físicas, favorece na diminuição do colesterol ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL) no sangue, por exemplo”, ressalta o Dr. Diego .
Mantenha uma alimentação saudável
A alimentação balanceada é o principal segredo para uma boa saúde. O ideal é manter uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos, oleaginosas e peixes. Alimentos com um baixo teor de gordura e carboidrato também são essenciais para um bom desempenho. “Evitar alimentos industrializados e ricos em corantes são algumas práticas que ajudam a manter a alimentação mais saudável”, comenta o especialista.
Fique longe do tabagismo
O cigarro pode aumentar o risco de uma pessoa sofrer um infarto. Segundo um estudo divulgado pela BMJ, publicação periódica considerada uma da mais importantes na área medica no do Reino Unido, pessoas que fumam um cigarro por dia tem 50% mais chances de desenvolver doenças cardíacas e 30% mais chances de sofrer um infarto. Além de promover o depósito de colesterol na parede das artérias e a oxidação do coração, essa situação favorece a formação de coágulos que podem promover um derrame cerebral. Para quem faz uso do cigarro, recomenda-se buscar auxilio com profissionais qualificados para abandonar o hábito. “Essa atitude pode melhorar a qualidade de vida do paciente e prevenir diversas doenças cardiovasculares, pulmonares e oncológicas”, conta o Dr. Diego.
Utilize o sal com moderação
Pesquisas cientificas já demonstraram a relação entre o consumo de sal e a hipertensão arterial. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o brasileiro consome em média 12 gramas de sal por dia mesmo sendo recomendada a ingestão de no máximo 6 gramas. “É preciso prestar atenção na ingestão de alimentos industrializados, pois eles são ricos em sódio e por isso o consumo acaba se tornando excessivo”, explica o especialista.
Controle o peso
Estar acima do peso aumenta ainda mais o risco de adquirir uma doença cardiovascular Grande parte da população mundial briga com a balança em algum momento ou até mesmo durante toda a vida. Segundo estudo do Johns Hopkins Medicine, em Maryland, Estados Unidos, quanto maior o tempo de briga com a balança, maior é o risco cardiovascular. “O ideal é controlar o peso através de alimentação saudável aliado a prática de exercícios físicos e a ida regularmente ao médico para fugir do sobrepeso e obesidade”, diz o cardiologista.
Procure ficar longe do estresse
O corpo reage de forma imediata a situações inesperadas a partir de adaptações como é o caso do aumento da pressão arterial, frequência cardíaca e hormônios. “O estresse aumenta o tônus adrenérgico e eleva o risco de eventos cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico”, frisa o Dr. Diego.
Vá ao cardiologista periodicamente
Ninguém gosta de fazer os exames solicitados pelo médico, mas é fundamental. O controle regular é a melhor maneira de verificar possíveis riscos. “É preciso que a população saiba que as doenças do coração são silenciosas, por isso o acompanhamento médico é fundamental para a prevenção diminuindo o risco de complicações e aumentando a sobrevida”, finaliza o Dr. Diego Garcia.